O
filme “Beleza Oculta” (Collateral Beauty), em cartaz nas principais salas de
cinema do país, traz à tona a superação do luto. No drama protagonizado por
Will Smith, o personagem principal Howard, um executivo de publicidade de Nova
Iorque, vivencia um momento de luto após uma perda trágica. A partir daí, ele
começa a escrever cartas para o Amor, o Tempo e a Morte na tentativa de lidar
com a quebra de vínculos e se depara com três pessoas misteriosas que vão
encorajá-lo a seguir adiante junto aos seus amigos.
Apesar
de ser um tema delicado, especialistas orientam que se faz necessário abrir uma
discussão sobre o que é o luto, criando um espaço para que seja ampliada a
forma com que as pessoas lidam com a dor ocasionada por um momento de perda de
um ente querido ou amigo próximo. A psicóloga e especialista em luto do Grupo
Vila, Mariana Simonetti, fala que o luto é todo processo de rompimento de
vínculos que acontece, seja quando perdemos algo ou alguém. “Passamos por lutos
diários, às vezes com perda de emprego, mudanças de cidade, bem como o luto
mais conhecido, digamos assim, que é aquele que acontece quando uma pessoa
querida morre”, detalha.
Desta
maneira, a melhor forma de lidar com essa situação é a disponibilidade em
reconhecer a dor que acaba sendo, muitas vezes, atrelada com o processo de
luto, “Por exemplo, quando algum ente querido morre é comum que fiquemos
tristes e sintamos saudades. Não tentar negar isso e reconhecer esse processo e
esses sentimentos com naturalidade é uma forma de viver um luto saudável”, diz.
Caso necessário, segundo Simonetti, uma conversa com um especialista também
pode ser uma boa forma de enfrentar a situação. “Se a pessoa perceber que não
está tendo forças para dar continuidade à sua vida de forma saudável, é
importante procurar ajuda especializada”, orienta.
Para
os parentes e amigos, a orientação da especialista em luto é estar presente e
se mostrar disposto a ouvir aquele que está sofrendo com a perda. “Muitas vezes
as pessoas dizem que não sabem o que falar para um amigo que perdeu alguém. Às
vezes não precisa falar nada, basta só estar disponível, sem julgar o amigo, e
pronto para ouvir o que ele estiver com vontade de desabafar; ou mesmo
acompanhá-lo no silêncio. Importante lembrar que esse estar disponível não deve
ser só na hora em que acontece o falecimento do ente querido daquele amigo,
nessa hora muitos se dizem disponíveis”, lembra. Ainda de acordo com Simonetti,
as pessoas enlutadas tendem a se sentir muito sozinhas em momentos que seguem a
perda do seu ente querido, quando aquelas pessoas que estavam junto com ela no
momento da perda voltam para suas atividades cotidianas. “Tente ficar
disponível principalmente nesse momento”, acrescenta a psicóloga Mariana
Simonetti.
Confira o trailer do filme
Fonte do texto: Texto de Anderson Lima-Brava Comunicação.
Imagem: Divulgação.
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