A
microcefalia consiste em uma malformação congênita, em que o cérebro não se
desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é
que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que
o normal, que habitualmente é superior a
33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de
diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos
(infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
O
Ministério da Saúde informa que está acompanhando a notificação e investigação
dos casos de microcefalia em Pernambuco desde o dia 22 de outubro, quando foi
notificado.
O
Ministério da Saúde recebeu também relatos dos estados da Paraíba e do Rio
Grande do Norte sobre o mesmo assunto. Todas essas suspeitas estão sendo
investigadas e contam com o monitoramento de equipes do Ministério da Saúde.
Diante
da situação, o Ministério da Saúde declarou, nesta quarta-feira (11),
Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às
investigações. Trata-se de um mecanismo previsto em lei para casos de
emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de
prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
O
Ministério da Saúde também ativou, nessa terça-feira (10), o Centro de
Operações de Emergência em Saúde (COES), em Brasília. Trata-se de um mecanismo
de gestão de crise, que reúne as diversas áreas que podem concorrer para
resposta a esse evento de forma que o assunto seja tratado como prioridade.
Fonte
de informação: Portal da Saúde
Informações sobre microcefalia
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Crédito: Tua Saúde |
A
microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores
que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental.
Geralmente,
a microcefalia está presente quando o tamanho da cabeça de uma criança com um
ano e três meses é menor que 42 centímetros. Isto ocorre porque os ossos da
cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o
cérebro cresça normalmente.
A
microcefalia é uma doença grave, que não tem cura, e a criança que a possui
precisa de cuidados por toda a vida, sendo dependente para comer, se mover e
fazer suas necessidades.
Consequências
da microcefalia
As
crianças com microcefalia podem ter graves consequências como:
- Atraso mental;
- Déficit intelectual;
- Paralisia;
- Convulsões;
- Rigidez dos músculos.
Apesar
de não haver tratamento específico para a microcefalia, podem ser tomadas
algumas medidas para reduzir os sintomas da doença. Normalmente a criança
precisa de fisioterapia por toda a vida para se desenvolver melhor, prevenindo
complicações respiratórias e até mesmo úlceras que podem surgir por ficarem
muito tempo acamadas ou numa cadeira de rodas.
Todas
estas alterações podem acontecer porque o cérebro precisa de espaço para que
possa atingir o seu desenvolvimento máximo, mas como o crânio não permite o
crescimento do cérebro, suas funções ficam comprometidas, afetando todo o
corpo.
O
que pode causar microcefalia?
As
causas da microcefalia podem incluir doenças genéticas ou infecciosas,
exposição a substâncias tóxicas ou desnutrição.
Algumas situações que podem
provocar microcefalia podem ser:
- Consumo de álcool durante a gravidez;
- Diabetes gestacional;
- Síndrome de Rett;
- Envenenamento por mercúrio ou cobre;
- Meningite;
- Desnutrição.
Infecções
como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose durante a gravidez também aumentam
o risco do bebê ter microcefalia. Além destas, existe suspeita de que doenças
como dengue, Zika vírus ou febre chikungunya durante a gestação
também estejam ligadas à microcefalia.
A
microcefalia também acontece em crianças que possuem outras doenças como
Síndrome de West, Síndrome de Down e Síndrome de Edwards, por exemplo. Por
isso, a criança com microcefalia que também possui uma outra síndrome pode ter
outras características físicas, incapacidades e ainda mais complicações do que
as crianças que possuem somente microcefalia.
Diagnóstico
da microcefalia
O
diagnóstico da microcefalia pode ser feito durante a gestação, com os exames do
pré-natal, e pode ser confirmado logo após o parto através da medição do
crânio. Exames como tomografia computadorizada ou ressonância magnética ao
cérebro também ajudam a medir a gravidade da microcefalia e quais serão suas
consequências para o desenvolvimento do bebê.
Microcefalia
tem cura?
A
microcefalia não tem cura porque o fator que impede o desenvolvimento cerebral,
que é a união precoce dos ossos que forma o crânio, não pode ser retirado. Se
esta união precoce dos ossos acontecer ainda durante a gestação, as
consequências podem ser mais graves porque o cérebro pouco se desenvolve, mas
existem casos em que a união destes ossos ocorre no final da gestação ou após o
nascimento, e neste caso a criança pode não ter consequências menos graves.
Tratamento
para microcefalia
O
tratamento da microcefalia não cura a doença, porém ajuda a reduzir as
consequências no desenvolvimento mental da criança.
Uma
das possibilidade de tratamento é fazer uma cirurgia para separar ligeiramente
os ossos do crânio, nos 2 primeiros meses de vida, para evitar a compressão do
cérebro que impede seu crescimento. Quando além da microcefalia a criança
possui hidrocefalia, que é a presença de líquido dentro do cérebro, também
existe a possibilidade de colocar um dreno para controlar esse líquido.
Além
disso, pode ser necessário usar medicamentos que ajudam o dia a dia da criança,
que atuam diminuindo os espasmos musculares e melhoram a tensão dos músculos. Afisioterapia
é indicada e pode ajudar no desenvolvimento físico e mental e por isso
quanto mais estímulo dentro da fisioterapia a criança tiver, melhores serão os
resultados. Assim, é recomendado fazer o maior número de sessões de
fisioterapia por semana.
O
médico que acompanha os portadores de microcefalia são o pediatra e o
neurologista, mas outros profissionais da saúde também são necessários como
psicólogo, dentista, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.
Fonte
de informação: Tua Saúde
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