Mais
que animais de estimação, os mais de 50 milhões de cães e 22 milhões de gatos
presentes nos lares brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), estão sendo cada vez mais vistos como “membros
da família”. Essa mudança de comportamento ajuda a entender o sucesso do
mercado pet, que obteve um faturamento estimado em cerca de R$ 19 bilhões em
2017 e expansão de quase 7% em relação ao ano anterior.
Eles
sobem no sofá, têm suas próprias roupas e dormem no quarto. Às vezes, dividindo
espaço na cama dos donos. Ou melhor, “pais”, que não poupam esforços na hora de
garantir o bem-estar de seus pets. Esse investimento, que representa 0,38% do
Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a Associação Brasileira da Indústria
de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), se estende também ao momento
no qual os bichinhos se vão.
“Se
o dono forma um vínculo muito forte com esse animal de estimação, é natural que
haja um sofrimento quando esse vínculo é quebrado por ocasião da morte, e essa
pessoa queira dar uma despedida digna para seu amigo”, avalia a psicóloga do
luto do Morada da Paz, Mariana Simonetti. É o que aconteceu com o publicitário
Shellon Christian no dia em que a pit bull Duquesa faleceu. “Ela era um membro
da família. Era como se fosse uma filha minha”, afirma Shellon, que mantém uma
foto de Duquesa como imagem de capa do Facebook. O pet também está presente em
outras imagens da rede social de Shellon.
“No
dia em que ela faleceu, eu e minha esposa procuramos na internet e encontramos
o Vila Pet. Eu não podia simplesmente enterrar ela em qualquer lugar ou deixar
uma clínica decidir o que fazer com o corpo dela”, recorda o publicitário, que
optou pela cremação. O Vila Pet, crematório para animais de estimação
localizado na capital potiguar e administrado pelo Grupo Vila, tem a proposta
de cuidar dos pets quando eles falecem. “Dor é algo que a gente não deve
comparar”, ressalta Mariana Simonetti. “Quando o ser humano morre, esses
rituais servem para ajudar a pessoa que ficou a passar por esse luto. É uma
forma de se prestar uma homenagem ao ente querido. Com o animal de estimação
acontece a mesma coisa”, completa a psicóloga.
“Você
cuida deles uma vida inteira e eles retribuem cuidando de você. O mínimo que as
pessoas podem fazer por seus pets é dar um enterro digno a eles”, diz Shellon,
que foi presenteado pela esposa com duas cadelas da raça pit bull após o
falecimento de Duquesa. “Sou louco por elas e, com certeza, quando elas vierem
a falecer, irei utilizar o mesmo padrão de despedida que dei para Duquesa”,
conclui.
O
Vila Pet foi desenvolvido a partir de pesquisas que constataram a crescente
dificuldade enfrentada pelas pessoas no momento da perda de seus animais de
estimação. O complexo do crematório Vila Pet conta com uma sala de velório
especial para a família realizar a cerimônia de despedida. O forno apresenta
tecnologia de ponta totalmente brasileira, com sistema inteligente de baixo consumo
de gás, monitoramento contínuo dos gases e software exclusivo de gerenciamento
da cremação.
A
cremação pode ser feita individualmente ou de forma coletiva e dura de 20 a 120
minutos. Ao final, a família recebe um certificado ou a urna com as cinzas do
animal de estimação em até dez dias. O Vila Pet disponibiliza ainda urnas
especiais para o segmento.
Fonte: Anderson Lima-Brava
Comunicação/Imagem: Reprodução.
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