A
sociedade alimentou a hiper-paternidade ou, o que é a mesma coisa, a obsessão
dos pais para que os filhos alcancem habilidades acadêmicas específicas que
garantam uma boa profissão no futuro. E por vezes esquecemos, como sociedade e
como educadores, que as notas escolares não definem o valor de uma
criança. Como consequência, acabamos
descuidando das habilidades da vida ao não aliviar o nosso empenho para
priorizar os resultados acadêmicos. Nossos filhos são pequenas pessoas que não
são definidas pelo seus êxitos ou fracassos, mas sim por serem eles mesmos,
únicos por natureza.
É
mais fácil criar crianças fortes do que consertar adultos quebrados Para
garantir o bem-estar infantil e adolescente, é preciso fortalecer
psicologicamente as crianças e prepará-las para encarar as dificuldades
emocionais e interpessoais que acompanham de maneira intrínseca a vida
cotidiana. Porque, ao final, a vida não
é apenas o que se lê nos contos de fadas, e isso é algo que devemos ter muito
presente nas nossas crianças. Apenas dessa maneira daremos às nossas crianças
habilidades para minimizar o mal-estar e prevenir os problemas psicológicos que
surgem das próprias dificuldades vitais.
Isso as ajudará a crescer saudáveis e a desenvolver uma personalidade
saudável que foque no bem-estar e na qualidade de vida.
Assim, as bases desse
mesmo fortalecimento são estabelecidas
por 3 pilares:
O
equilíbrio emocional.
As
relações interpessoais satisfatórias.
O
desenvolvimento pessoal e profissional.
A
infância é uma etapa crucial para adquirir e desenvolver competências
psicológicas que permitem uma evolução favorável desses três pilares do nosso
bem-estar. No entanto, como comentamos anteriormente, como sociedade
priorizamos em nossos filhos o desenvolvimento de competências acadêmicas,
esquecendo de ajudar-lhes a pensar, sentir e atuar de forma mais proveitosa.
Notas
escolares: a matéria mais importante da sua vida não é a matemática A matéria
mais importante na vida de nossas crianças não é a matemática nem as ciências
ou os idiomas estrangeiros, mas sim sua capacidade para se adaptar ao seu
redor, administrar suas relações, suas emoções e seus pensamentos. Para isso é
fundamental que a educação comece por nós.
Ou
seja, se queremos ajudar nossas crianças a gerir bem sua raiva, não podemos conseguir
isso se explodimos toda vez que não gostamos de algo. Da mesma maneira, se não
estamos bem, não educaremos da forma correta. Por exemplo, não conseguiremos
calma e motivação em nossos filhos se temos altos níveis de estresse e
frustração. Não medir o afeto é
essencial para transmitir amor aos nossos filhos: o excesso de afeto não é
desejável, aquele que surge depois de episódios negativos de má conduta. Não é
adequado reforçar a desmotivação diante das tarefas escolares. Além disso, é
importante destacar que: É adequado dar
afeto físico: ou seja, abraços, beijos, carinhos, olhadas… Devemos elogiar os
êxitos das crianças de maneira correta. Devemos estar dispostos a ver e
responder às necessidades emocionais das crianças. Devemos proporcionar um refúgio
seguro onde a criança sinta o nosso apoio. É essencial nos interessarmos pelas
suas motivações, interesses e preferências. Mesmo assim, é importante se
envolver na escola e evitar se intrometer na vida das crianças de maneira
crítica e desafiadora. Mas, sobre todas
as coisas, não podemos defini-los com base nas notas escolares. Eles não são
preparados ou desorientados, ou bons, nem maus, são ELES mesmos na essência e
com liberdade.
Fonte:
Texto original de A Mente é Maravilhosa, para conferir acesso aqui.
Imagens: Internet-Reprodução.
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