Assombrações
com DNA pernambucano protagonizam o Dia das Bruxas na Catamaran Tours
valorizando
as assombrações com DNA pernambucano e trazendo releituras de clássicos
mundiais do horror, a Catamaran Tours promove neste sábado (28), às 20h, mais
uma saída do passeio espetáculo Catamaran Assombrado, que recentemente estreou
uma nova temporada, ainda mais assustadora e divertida. A ideia do programa é
mesclar turismo e entretenimento ao narrar e encenar passagens das lendas de
assombração mais famosas de Pernambuco, o que inclui histórias obscuras como a
Emparedada da Rua Nova, o Papa-Figo, o Boca de Ouro e até o Lobisomem. Os sons
e sombras do Teatro Santa Isabel, os espectros escuros do Rio Capibaribe e o
mistério do Encanta-Moça também fazem parte da aventura, que conta com
embarques semanais, aos sábados. No roteiro, os pontos turísticos mais místicos
do centro do Recife.
“Além
da diversão, o passeio também se preocupa em oferecer aos passageiros
informações sobre as histórias reais que deram origem às lendas, enriquecendo
bastante a experiência, que vai muito além de sustos”, explica Juliana Britto,
diretora da Catamaran Tours, ressaltando que o passeio surgiu como uma forma de
misturar turismo, história e entretenimento em um único programa.
A
Cia Pernambucana de Arteatro, dirigida pelo ator, diretor e produtor Nill
Martins, é a responsável por dar vida aos personagens, que se revezam na
embarcação, utilizando o Recife como palco e cenário das histórias de
terror. O roteiro do tour foi inspirado no livro “Assombrações do Recife
Velho”, de Gilberto Freyre, e adaptado por Roberto Beltrão, André Balaio –
criadores do Recife Assombrado –, Cláudia Heráclio e Fabiano Barbosa,
da Catamaran Tours, e Niil Martins, tendo como base a programação
feita pela Prefeitura do Recife para o passeio assombrado do projeto
Olha Recife por catamarã.
Saiba
mais sobre algumas das assombrações:
Encanta
moça
O
caso relata as desventuras acontecidas, provavelmente no século XIX, a uma moça
rica e bonita que passeava, à noite, margeando o manguezal onde hoje se
localiza o bairro do Pina. De repente, a mulher se vê seguida pelo próprio
marido, que havia cismado que ela o traía com outro. Sabendo os horrores de que
o marido era capaz, a linda moça se desespera e se põe a correr. Durante a
fuga, em uma área quase desabitada, ela, de repente e como se fosse mágica,
desaparece. Segundo a lenda, foi habitar o mundo do além.
Há
quem diga que a jovem foi assassinada pelo esposo. Outros afirmam que, durante
a corrida pela vida, ela foi encantada, não pelo marido, mas pelo próprio
demônio ou outro espírito ruim. Em noites de lua cheia, a encantada apareceria
nua na região, a fim de amaldiçoar homens que ousam passar por ali, por
vingança. A história é relatada por Gilberto Freyre em seu livro Assombrações
do Recife velho.
Papa-figo
O
Papa-figo é o temor de muitos moradores do Recife por estar associado à
inclemência de um tipo de monstro desalmado que, segundo dizem, não hesita em
raptar e matar crianças para roubar seus fígados. "Volta pra casa, menino,
o Papa-figo vai te pegar!", diziam as mães para assustar seus filhos.
O
relato mais espalhado pelo burburinho urbano recifense remete ao final do
século XIX. O boato dizia que um senhor de uma poderosa família foi acometido
por uma horrível doença no sangue, que causava chagas asquerosas. Um negro
velho, escravo do senhor, afirmou que o mal tinha cura, bastava comer
"figo" de criança nova.
O
escravo saía pelas ruas com um saco nas costas capturando meninos, atraídos
pelo doce de banana "nego bom". Para disfarçar e escapar das
perguntas sobre o conteúdo do saco, afirmava que eram ossadas de boi ou
carneiro.
A
Cruz do Patrão
Localizada
no Porto do Recife e construída no século XVIII, o monumento servia como baliza
para os navios no terminal. A coluna de alvenaria, de seis metros de altura,
virou lenda entre os recifenses. Acreditava-se que negros pagãos, falecidos
durante viagens de navio que vinham da África, eram enterrados ali.
A
areia da maré colaborava para que os sepultamentos ocorressem sem rituais
religiosos, surgindo a lenda que tornou o local amaldiçoado. Entretanto, nenhum
arqueólogo foi capaz de encontrar, em pesquisas recente, quaisquer indícios de
cemitérios clandestinos.
Emparedada
da Rua Nova
Um
morador da Rua Nova resolveu castigar a própria filha emparedando-a viva. O
português Jaime Favais seria dono de uma loja na rua. Clotilde, sua menina,
engravidara de um vadio de nome Leandro, que também era amante da mulher do
comerciante. Favais descobre tudo e manda matar Leandro, para desespero da mãe,
Josefina, que perde a razão. Para terminar, ele quer que Clotilde se case com
seu sobrinho João. Ambos recusam a medida. O velho se enfurece e condena a
filha a ser emparedada vida no banheiro do sobrado. Jaime escapa para Portugal
e volta para a Rua Nova após três anos, sendo perturbado por aparições e
gemidos lúgubres e abafados.
Debutante
Outra
história de uma jovem moça morta antes do tempo é a de Ana Luiza. A debutante,
em seu aniversário de 15 anos, estava para participar de sua festa no antigo
Clube Internacional do Recife, na Rua da Aurora. Mas não chegou a dançar a
primeira valsa, já que caiu da escada e morreu na queda. Ana Luiza, hoje,
assombra o prédio do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães.
Serviço
Catamaran Assombrado
Onde: Cais
Santa Rita, S/N, Recife/PE
Saídas: Sábados, às 20h
Preço: R$ 60,00 para adultos e R$ 30,00 crianças de 8 a 10 anos
Censura sugerida: 8 anos
Saídas: Sábados, às 20h
Preço: R$ 60,00 para adultos e R$ 30,00 crianças de 8 a 10 anos
Censura sugerida: 8 anos
Duração: Aproximadamente
1h20
Informações: 81.
3424.2845
Estacionamento
gratuito
Facebook: www.facebook.com/catamarantourspe
Imagens: Divulgação.
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