Nesta
terça-feira (28) é o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. As hepatites podem
ser decorrentes de diversas causas, como infecções, medicamentos, doenças
metabólicas e doenças genéticas. No entanto, as mais comuns são
as hepatites virais – provocadas por vírus, como o próprio nome sugere. Elas são
classificadas em A, B, C, D e E. No
Brasil, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. “Todos os tipos
são identificados por exame de sangue específico e o tratamento varia de acordo
com as características do paciente e evolução da doença”, explica Moacir Jucá,
infectologista do Hospital Esperança Olinda. Hepatites B e C são as mais
perigosas e silenciosas. O Ministério da Saúde estima que 14 milhões de pessoas
já tiveram contato com o vírus da hepatite B e que a hepatite C é a principal
causa de doença crônica do fígado. A
hepatite A é transmitida por via fecal-oral, normalmente pelo contato com água
ou alimentos contaminados. As melhores formas de prevenção são
saneamento básico e higiene no preparo dos alimentos. Também há vacina
disponível na rede particular de saúde. “A maioria das pessoas elimina o vírus
naturalmente e quase não apresenta sintomas. Quando surgem, os mais comuns são
cansaço, tontura, dor abdominal, urina escura e fezes claras”, relata o
infectologista.
A
hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. O vírus
está presente no sangue, no esperma e no leite materno. As formas de contágio
são: relações sexuais sem camisinha com pessoa infectada; da mãe infectada
para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação; ao compartilhar material
para uso de drogas, de higiene pessoal ou de confecção de tatuagem e colocação
de piercings; e ainda por transfusão de sangue contaminado. Para a prevenção,
recomenda-se o uso de preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar
objetos de higiene pessoal e material de manicure e pedicure; e a vacina, que é
disponível em três doses, nas redes pública e particular de saúde. Além disso,
toda grávida precisa fazer o pré-natal, onde constam exames para detectar a
hepatites, aids e sífilis. Geralmente, o organismo apresenta cura em cerca de
seis meses após o início do tratamento.
Ao
contrário da hepatite B, não há uma vacina capaz de prevenir a hepatite C. A
doença é transmitida através do contato com sangue contaminado e é comum entre
usuários de drogas que compartilham seringas, agulhas e outros materiais.
Também pode ser transmitida por transfusão de sangue, da mãe para o bebê
(mesmos casos da hepatite B) e, mais raramente, pelo sexo sem preservativo –
quando há sangramento. Quando a infecção pelo vírus C persiste por mais de seis
meses – o que é comum em até 80% dos casos – caracteriza- se a evolução para a
forma crônica. Cerca de 20% dos pacientes infectados cronicamente podem evoluir
para cirrose hepática e de 1% a 5% para câncer de fígado. “O tratamento depende
do tipo do vírus e do comprometimento do fígado”, conta Dr Moacir Jucá.
A
hepatite D depende da presença do vírus do tipo B para infectar o indivíduo. A
gravidade da doença irá depender do momento da infecção e pode ocorrer ao mesmo
tempo que a contaminação pelo vírus B ou em portadores da hepatite B crônica –
que persiste por mais de seis meses. As formas de prevenção são idênticas as da
hepatite B, incluindo a vacina aplicada em três doses.
Já
a hepatite E tem características semelhantes à hepatite A, incluindo as formas
de contágio. É mais comum na África e na Ásia e está constantemente associada
às precárias condições de saneamento básico. Também não existe vacina e a
principal prevenção é a higiene.
Texto: Lidiane Dias – Brava
Comunicação.
Imagens: Reprodução/Internet.
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