Depois
de uma completa requalificação na estrutura original, do século XVII, o Governo
de Pernambuco, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, através do
Prodetur, entregou o novo Forte Orange na Ilha de Itamaracá. Com a proposta de
fomentar o turismo no Litoral Norte, a fortificação foi transformada em um
museu, com exposição dos achados arqueológicos descobertos durante o período de
obras. A cerimônia de inauguração do equipamento foi realizada nesta
quinta-feira (2), com a participação da secretária executiva do Prodetur,
Manuela Marinho, da superintendente do Iphan, Renata Borba, e do prefeito, Mosar
Tato.

O
Forte Orange recebeu restauro das muralhas, nas rampas de acesso aos baluartes,
revestidas com pedras fabricadas manualmente, nas cercaduras de portas e
janelas, com a cantaria livre de pinturas, e nas telhas das salas do museu.
Durante o processo, os arqueólogos localizaram a porta de entrada do Forte
Orange sob 1,2 mil toneladas de areia no terrapleto, a casa de pólvora e
a cacimba que abastecia a tropa do período holandês. Todo o material encontrado
agora está exposto aos visitantes.
Todas
as pedras usadas no revestimento das rampas e no piso dos baluartes, do
corredor de entrada e do terrapleno (área aterrada entre a muralha e a
contramuralha) foram fabricadas no canteiro de obra montado no Forte Orange.
Desenterradas do entorno da edificação, as pedras foram cortadas e preparadas
manualmente. As telhas canal da sala foram retiradas, lavadas e devolvidas aos
locais. A contramuralha, antes escondida nas salas, está aparente em todas
elas.
Nas
muralhas, lavadas com água e detergente especial, foi retirado cimento de obras
anteriores e aplicou biocida, substância para inibir fungos. Os organismo
provocam porosidade na pedra e, consequentemente, perda de resistência. Outra
medida adotada é uma contenção de rip-rap (sacos de cimento de areia) no terrapleno
para evitar que a areia deslize e a muralha fique vulnerável.
“Transformamos
um ícone da arquitetura e da história do Estado em referência também para o
turismo local. O Litoral Norte de Pernambuco ganhou mais um importante
equipamento turístico, que junto a outros grandes investimentos estruturais
realizados pelo Governo do Estado na região - como o Paço Municipal de Goiana e
a Casa do Artesão e o Museu Histórico de Igarassu, formam um conjunto de
atrativos turísticos para além do sol e mar”, ponderou a secretário executiva
do Prodetur, Manuela Marinho.
Com
o término da obra, orçada em R$ 11,8 milhões com recursos do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), o equipamento passa a ser gerido pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Fonte: Secretaria
de Turismo de Pernambuco Seturel-PE
Crédito das imagens:
Foto 1, 2 e 3 de Aluísio Moreira-SEI, foto 4 Filipe Souza.
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