Campanha Nacional de Vacinação 2017

10 setembro 2017 | Postado por casinhadacys

A vacinação é a maneira mais eficaz e segura de prevenir diversas doenças. Por meio do Sistema Único de Saúde, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é referência internacional por promover o acesso gratuito da população às vacinas, respeitando critérios e orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, crianças, adolescentes, adultos e idosos precisam comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa e verificar se está com todas as vacinas em dia, independente se há ou não com uma campanha de vacinação em vigência. 
Neste ano em especial, o SUS trouxe importantes alterações no Calendário Nacional de Vacinação. O objetivo é otimizar a cobertura vacinal no país e ampliar grupos e faixas etárias com o intuito de deixar uma maior parcela da população mais protegida. Entre as novidades, estão a entrada de vacinas como a HPV, meningocócica C, tríplice viral e varicela, além da hepatite A. Nos municípios de Minas Gerais, as Unidades Básicas de Saúde (também conhecidos como Postos de Saúde) já se encontram abastecidos com as doses necessárias para imunizar os grupos prioritários.
Apesar de não haver um calendário específico, o público feminino tem uma atenção especial, principalmente as gestantes. Mulheres de 12 a 49 anos que não receberam a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) na infância devem procurar um posto de saúde, antes da gestação, para evitar a transmissão da rubéola para o bebê. A dupla adulto e a vacina contra a hepatite B também devem ser administradas para que recém nascido não corra o risco de sofrer com doenças como o tétano neonatal e hepatite B. As mulheres grávidas também fazem parte do público alvo da vacina contra a gripe.
Cartão de Vacinação
Trata-se de um documento indispensável, uma vez que o controle das vacinas pode evitar uma série de doenças. Assim, não só crianças, como adolescente e adultos, devem manter suas vacinas em dia.
Caso não esteja de posse do cartão de vacinação, por motivo de perda ou dano, é recomendado que o usuário procure o serviço de saúde que costuma vacinar ou que faça parte de seu território de abrangência. Lá, ele terá o chamado “cartão espelho”, no qual ficam arquivados os registros de doses que foram aplicadas.

- Para baixar a caderneta de saúde para meninas clique AQUI

-  Para baixar a caderneta de saúde para meninos é só clicar AQUI. 


Reações adversas
Nenhuma vacina está totalmente livre de provocar reações porque existem pessoas que apresentam quadros infecciosos e de natureza alérgica. É importante lembrar que os riscos de complicações graves ligados à vacinação são muito menores do que os das doenças contra as quais a pessoa está se imunizando.
Geralmente, as crianças são as que mais apresentam reações às vacinas. Por isso, a família deve redobrar a atenção no período pós-vacinação. Um exemplo é a vacina tríplice bacteriana (a DTP, contra a difteria, o tétano e a coqueluche), que pode causar, entre outras reações, irritações na pele e coceira. Para atender à demanda dos casos mais graves e disponibilizar produtos especiais à população, foi criado o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). O Crie existe em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal e oferece vacinas a pessoas com indicação clínica restrita.
O cidadão que precisa de vacinas especiais fornecidas por esses centros (como o infectado pelo vírus HIV, o portador de imunodeficiência congênita e o que recebe quimioterapia) deve, primeiramente, ser avaliado por uma equipe de saúde. O profissional responsável irá elaborar, no próprio receituário médico, um relatório com o diagnóstico e um breve histórico da doença do paciente. Em seguida, o cidadão precisa ir ao Crie mais próximo, portando o relatório e os exames necessários (de laboratório, raio X etc.). Ele irá passar por consultas e será vacinado conforme o manual do Crie. Para saber qual o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) mais próximo da sua casa, entre em contato com o Disque Saúde por meio do telefone 0800.611997.

Vacina HPV
O Ministério da Saúde disponibiliza a vacina contra o vírus HPV a meninas de 9 a 14 anos; meninos com idade entre 11 e 15 anos incompletos; homens e mulheres transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, de 09 a 26 anos, além de crianças e jovens de ambos os sexos, de 9 a 26 anos, vivendo com HIV/Aids.
O objetivo da vacinação da população masculina é prevenir os cânceres de pênis, as lesões ano-genitais pré-cancerosas e as verrugas genitais. Além disso, por serem os responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras, ao receberem a vacina, os homens colaborarão com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres, prevenindo também casos de cânceres, boca, orofaringe, bem como verrugas genitais em ambos os sexos.
As vacinas contra o HPV já estão disponíveis nos postos de saúde e devem ser administradas em duas doses, com intervalo de 6 meses, tanto para meninos, como para as meninas.  

Tire suas dúvidas
Por que houve mudanças no Calendário Nacional de Vacinação em 2017?
Historicamente, diversos calendários de vacinação foram propostos em função de diferentes situações, tais como: situação epidemiológica, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas. O objetivo é, sempre, otimizar a cobertura vacinal no país. Assim, a introdução de novas vacinas no Calendário Nacional é sempre um avanço para a saúde pública. Clique aqui e saiba mais sobre as mudanças que foram introduzidas.
Por que vacinar também os meninos contra o HPV?
Os homens, quando imunizados contra a doença, além de deixarem de transmitir o vírus HPV durante a relação sexual, estão protegidos contra o câncer de pênis, ânus, verrugas genitais, câncer bucal e de faringe. A inclusão de meninos no calendário permanente da vacina HPV é extremamente relevante. Tanto eles ficam protegidos, quanto as mulheres, porque o vírus é transmitido pela via sexual, podendo causar nas mulheres diversos cânceres, entre eles o mais recorrente que é o de colo de útero.

A vacina contra a o HPV é mesmo segura?
Sim, segura e também eficaz. Ela é licenciada em mais de 130 países, e sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS). As Sociedades Brasileiras de: Imunizações (SBIm), Infectologia (SBI) e Pediatria (SBP), a Sociedade Latinoamericana de Infectologia Pediátrica (SLIPE) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), enfatizam a necessidade das meninas brasileiras, de 9 a 13 anos de idade, receberem a primeira ou segunda dose da vacina HPV nos postos de vacinação e escolas de todo país, com o objetivo de uma adequada proteção contra as infecções causadas pelo vírus que são relacionadas a vários tipos de câncer, especialmente o de colo uterino.

Doenças que podem ser prevenidas com as vacinas 
CAXUMBA
A caxumba é uma doença infecciosa, causada por vírus, que provoca inflamação nas glândulas parótidas, submaxilares e sublinguais. Também conhecida como papeira, pelo fato de provocar inchaço e dor nas laterais do pescoço, pode ser facilmente prevenida por meio de vacina.

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO PELO HPV
O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos (chamados oncogênicos) do Papilomavírus Humano - HPV. Em conjunto com ações de rastreamento – como o exame preventivo (Papanicolaou) – a vacinação é uma estratégia importante para a prevenção deste tipo de câncer. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam que, a cada ano, surgem 15 mil novos casos e 5 mil mortes ocorrem por causa da doença no Brasil.

CÂNCER DE PÊNIS, GARGANTA E ÂNUS
Os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal são atribuíveis à infecção pelo HPV. A decisão de ampliar a vacinação para o sexo masculino está de acordo com as recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia, além de DST/AIDS e do mais importante órgão consultivo de imunização dos Estados Unidos (Advisory Committee on Imunization Practices). A definição da faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus. 

COQUELUCHE
Causada pela bactéria Bordetella Pertussis, a doença ataca o aparelho respiratório (traqueia e brônquios), desencadeando uma inflamação nos pulmões. É caracterizada por tosse seca prolongada, associada a um ou mais sintomas: vômito pós-tosse, respiração ruidosa, coloração azulada da pele e mucosa, principalmente unhas e lábios; apneia, coriza e febre.

DIFTERIA
É causada pela bactéria Corinebacterium diphtheriae, que frequentemente se aloja nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele.  A difteria é transmitida pela saliva ou outras secreções eliminadas ao tossir, espirrar ou mesmo ao falar, provocando inflamação das vias respiratórias. Um dos sintomas mais frequentes são formações de placas na garganta.

FEBRE AMARELA
Trata-se de uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do SUS e deve ser tomada até 10 dias antes de viajar para áreas rurais, silvestres ou de mata. Quem mora nestas áreas ou em regiões endêmicas deve procurar o Posto de Saúde (Unidade Básica de Saúde) mais próxima da sua casa para atualizar o cartão de vacina. Clique aqui e confira no Blog da Saúde MG mais detalhes sobre a doença.

HEPATITE A
Também conhecida como “hepatite infecciosa”, é causada pelo vírus VHA. Sua transmissão é feita pelo contrato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. Os sintomas mais comuns são: febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo/náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, icterícia e fezes esbranquiçadas. Para saber mais sobre esta doença, acesse: www.saude.mg.gov.br/hepatite

MENINGITE C
A meningite é a inflamação das meninges – membranas que envolvem o cérebro – causada pela bactéria Neisseria meningitidis, transmitida de uma pessoa a outra através de gotículas da tosse, espirro e beijo. Os principais sintomas são: febre alta, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, rigidez de nuca e, algumas vezes, manchas na pele (tipo picada de mosquito).

RUBÉOLA
Causada por vírus, é transmitida através da inalação de gotículas de secreção nasal de pessoas contaminadas, que contêm o vírus. A apresentação inicial se assemelha a uma gripe comum, e dura de 7 a 10 dias, até o surgimento das ínguas e, posteriormente, manchas na pele, que desaparecem sem deixar sequelas. Estes dois últimos sintomas são encontrados inicialmente na face e no pescoço e disseminados pelo tronco e membros. Não há tratamento específico antiviral. A vacina é a única forma de prevenção contra a doença.

SARAMPO
Febre, tosse persistente, corrimento no nariz e irritação nos olhos são sintomas facilmente confundíveis com uma gripe, exceto pelo aparecimento de manchas avermelhadas na pele, característica marcante do sarampo. É transmitido por um vírus através de secreções expelidas pelo nariz ou boca durante a fala, tosse ou espirro do doente.
Clique aqui e confira um alerta epidemiológico da SES-MG sobre sarampo na América Latina.

TÉTANO
A contaminação pela bactéria Clostridium tetani é feita a partir de lesões na pele causadas por ferimentos, mesmo que pequenos, provocados por metais (enferrujados ou não), madeira, vidro ou outros objetos contaminados. Os principais sintomas são: contrações musculares involuntárias na região do ferimento, seguido de contrações dos músculos da face e do pescoço. Progressivamente também atinge os músculos do abdômen, provocando dificuldade de engolir e insuficiência respiratória.

TUBERCULOSE
A vacina BCG é composta pelo bacilo de Calmette & Guérin, obtido pela atenuação do Mycobacterium bovis, umas das bactérias que transmitem a tuberculose. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação universal das crianças e deve ser dada logo ao recém-nascido. Se isso não for possível, deve ser ministrada após o primeiro mês de vida. Ainda, a BCG pode ser tomada por crianças com sorologia positiva de HIV que não apresentam sintomas, ou filhos de mulheres soropositivas assintomáticas. Para saber mais sobre a Tuberculose, clique aqui.

VARICELA
Também conhecida como catapora, é uma doença infecciosa causada pelo vírus varicela-zoster. Nos meses de setembro e outubro é comum o aumento do número de casos. Altamente contagiosa, mas geralmente benigna, a transmissão da catapora se dá através da saliva ou secreções respiratórias, ou por contato com o líquido do interior das vesículas. Febre entre 37,5° e 39,5°, mal-estar, inapetência, dor de cabeça e cansaço são os principais sintomas. Entre 24 e 48 horas surgem lesões de pele caracterizadas por manchas avermelhadas, que dão lugar a pequenas bolhas ou vesículas cheias de líquido, sobre as quais, posteriormente, se formarão crostas que provocam coceira.

Para mais informações acesse AQUI.


Fonte do Texto: http://www.saude.mg.gov.br/vacinacao
Imagem: Divulgação. 
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