A
vacinação é a maneira mais eficaz e segura de prevenir diversas doenças. Por
meio do Sistema Único de Saúde, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é
referência internacional por promover o acesso gratuito da população às
vacinas, respeitando critérios e orientações da Organização Mundial da
Saúde (OMS). Por isso, crianças, adolescentes, adultos e idosos precisam
comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa e
verificar se está com todas as vacinas em dia, independente se há ou não com
uma campanha de vacinação em vigência.
Neste
ano em especial, o SUS trouxe importantes alterações no Calendário
Nacional de Vacinação. O objetivo é otimizar a cobertura vacinal no país e
ampliar grupos e faixas etárias com o intuito de deixar uma maior parcela da
população mais protegida. Entre as novidades, estão a entrada de vacinas como a
HPV, meningocócica C, tríplice viral e varicela, além da hepatite A. Nos
municípios de Minas Gerais, as Unidades Básicas de Saúde (também conhecidos
como Postos de Saúde) já se encontram abastecidos com as doses necessárias para
imunizar os grupos prioritários.
Apesar
de não haver um calendário específico, o público feminino tem uma atenção
especial, principalmente as gestantes. Mulheres de 12 a 49 anos que não
receberam a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) na infância
devem procurar um posto de saúde, antes da gestação, para evitar a transmissão
da rubéola para o bebê. A dupla adulto e a vacina contra a hepatite B também
devem ser administradas para que recém nascido não corra o risco de sofrer com
doenças como o tétano neonatal e hepatite B. As mulheres grávidas também fazem
parte do público alvo da vacina contra a gripe.
Cartão
de Vacinação
Trata-se
de um documento indispensável, uma vez que o controle das vacinas pode evitar
uma série de doenças. Assim, não só crianças, como adolescente e adultos, devem
manter suas vacinas em dia.
Caso
não esteja de posse do cartão de vacinação, por motivo de perda ou dano, é
recomendado que o usuário procure o serviço de saúde que costuma vacinar ou que
faça parte de seu território de abrangência. Lá, ele terá o chamado “cartão
espelho”, no qual ficam arquivados os registros de doses que foram aplicadas.
- Para baixar a caderneta de saúde para
meninas clique AQUI
- Para baixar a caderneta de saúde para
meninos é só clicar AQUI.
Reações
adversas
Nenhuma
vacina está totalmente livre de provocar reações porque existem pessoas que
apresentam quadros infecciosos e de natureza alérgica. É importante lembrar que
os riscos de complicações graves ligados à vacinação são muito menores do que
os das doenças contra as quais a pessoa está se imunizando.
Geralmente,
as crianças são as que mais apresentam reações às vacinas. Por isso, a família
deve redobrar a atenção no período pós-vacinação. Um exemplo é a vacina
tríplice bacteriana (a DTP, contra a difteria, o tétano e a coqueluche), que
pode causar, entre outras reações, irritações na pele e coceira. Para atender à
demanda dos casos mais graves e disponibilizar produtos especiais à população,
foi criado o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). O
Crie existe em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal e oferece
vacinas a pessoas com indicação clínica restrita.
O
cidadão que precisa de vacinas especiais fornecidas por esses centros (como o
infectado pelo vírus HIV, o portador de imunodeficiência congênita e o que
recebe quimioterapia) deve, primeiramente, ser avaliado por uma equipe de
saúde. O profissional responsável irá elaborar, no próprio receituário médico,
um relatório com o diagnóstico e um breve histórico da doença do paciente. Em
seguida, o cidadão precisa ir ao Crie mais próximo, portando o relatório e os
exames necessários (de laboratório, raio X etc.). Ele irá passar por consultas
e será vacinado conforme o manual do Crie. Para saber qual o Centro de
Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) mais próximo da sua casa,
entre em contato com o Disque Saúde por meio do telefone 0800.611997.
Vacina
HPV
O
Ministério da Saúde disponibiliza a vacina contra o vírus HPV a meninas de
9 a 14 anos; meninos com idade entre 11 e 15 anos incompletos; homens
e mulheres transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e
radioterapia, de 09 a 26 anos, além de crianças e jovens de ambos os
sexos, de 9 a 26 anos, vivendo com HIV/Aids.
O
objetivo da vacinação da população masculina é prevenir os cânceres de pênis,
as lesões ano-genitais pré-cancerosas e as verrugas genitais. Além disso,
por serem os responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras,
ao receberem a vacina, os homens colaborarão com a redução da incidência do
câncer de colo de útero e vulva nas mulheres, prevenindo também casos de
cânceres, boca, orofaringe, bem como verrugas genitais em ambos os sexos.
As
vacinas contra o HPV já estão disponíveis nos postos de saúde e devem ser
administradas em duas doses, com intervalo de 6 meses, tanto para meninos, como
para as meninas.
Tire
suas dúvidas
Por
que houve mudanças no Calendário Nacional de Vacinação em 2017?
Historicamente,
diversos calendários de vacinação foram propostos em função de diferentes
situações, tais como: situação epidemiológica, mudanças nas indicações
das vacinas ou incorporação de novas vacinas. O objetivo é,
sempre, otimizar a cobertura vacinal no país. Assim, a introdução de novas
vacinas no Calendário Nacional é sempre um avanço para a saúde pública. Clique
aqui e saiba mais sobre as mudanças que foram introduzidas.
Por
que vacinar também os meninos contra o HPV?
Os
homens, quando imunizados contra a doença, além de deixarem de transmitir o
vírus HPV durante a relação sexual, estão protegidos contra o câncer de pênis,
ânus, verrugas genitais, câncer bucal e de faringe. A inclusão de meninos no calendário
permanente da vacina HPV é extremamente relevante. Tanto eles ficam protegidos,
quanto as mulheres, porque o vírus é transmitido pela via sexual, podendo
causar nas mulheres diversos cânceres, entre eles o mais recorrente que é o de
colo de útero.
A
vacina contra a o HPV é mesmo segura?
Sim,
segura e também eficaz. Ela é licenciada em mais de 130 países, e sua segurança
é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da
Organização Mundial de Saúde (OMS). As Sociedades Brasileiras de: Imunizações
(SBIm), Infectologia (SBI) e Pediatria (SBP), a Sociedade Latinoamericana de
Infectologia Pediátrica (SLIPE) e a Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), enfatizam a necessidade das meninas brasileiras,
de 9 a 13 anos de idade, receberem a primeira ou segunda dose da vacina HPV nos
postos de vacinação e escolas de todo país, com o objetivo de uma adequada
proteção contra as infecções causadas pelo vírus que são relacionadas a vários
tipos de câncer, especialmente o de colo uterino.
Doenças
que podem ser prevenidas com as vacinas
CAXUMBA
A
caxumba é uma doença infecciosa, causada por vírus, que provoca inflamação nas
glândulas parótidas, submaxilares e sublinguais. Também conhecida como papeira,
pelo fato de provocar inchaço e dor nas laterais do pescoço, pode ser
facilmente prevenida por meio de vacina.
CÂNCER
DE COLO DO ÚTERO PELO HPV
O
câncer do colo do útero, também chamado de cervical, é causado pela infecção
persistente por alguns tipos (chamados oncogênicos) do Papilomavírus Humano -
HPV. Em conjunto com ações de rastreamento – como o exame preventivo
(Papanicolaou) – a vacinação é uma estratégia importante para a prevenção deste
tipo de câncer. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam que, a
cada ano, surgem 15 mil novos casos e 5 mil mortes ocorrem por causa da doença
no Brasil.
CÂNCER
DE PÊNIS, GARGANTA E ÂNUS
Os
cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil
casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal
são atribuíveis à infecção pelo HPV. A decisão de ampliar a vacinação para
o sexo masculino está de acordo com as recomendações das Sociedades Brasileiras
de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia, além de DST/AIDS e do mais
importante órgão consultivo de imunização dos Estados Unidos (Advisory
Committee on Imunization Practices). A definição da faixa-etária para a
vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto,
antes do contato com o vírus.
COQUELUCHE
Causada
pela bactéria Bordetella Pertussis, a doença ataca o aparelho respiratório
(traqueia e brônquios), desencadeando uma inflamação nos pulmões. É
caracterizada por tosse seca prolongada, associada a um ou mais sintomas: vômito
pós-tosse, respiração ruidosa, coloração azulada da pele e mucosa,
principalmente unhas e lábios; apneia, coriza e febre.
DIFTERIA
É
causada pela bactéria Corinebacterium diphtheriae, que frequentemente se aloja
nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na
pele. A difteria é transmitida pela saliva ou outras secreções eliminadas
ao tossir, espirrar ou mesmo ao falar, provocando inflamação das vias
respiratórias. Um dos sintomas mais frequentes são formações de placas na
garganta.
FEBRE
AMARELA
Trata-se
de uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores.
Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os
mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas:
febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos
por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer
após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer
insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados),
manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A vacina contra a febre amarela é
ofertada no Calendário Nacional do SUS e deve ser tomada até 10 dias
antes de viajar para áreas rurais, silvestres ou de mata. Quem mora nestas
áreas ou em regiões endêmicas deve procurar o Posto de Saúde (Unidade Básica de
Saúde) mais próxima da sua casa para atualizar o cartão de vacina. Clique aqui e confira no Blog da Saúde MG mais
detalhes sobre a doença.
HEPATITE
A
Também
conhecida como “hepatite infecciosa”, é causada pelo vírus VHA. Sua transmissão
é feita pelo contrato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos
contaminados. Os sintomas mais comuns são: febre, fraqueza, mal-estar, dor
abdominal, enjoo/náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, icterícia e
fezes esbranquiçadas. Para saber mais sobre esta doença, acesse: www.saude.mg.gov.br/hepatite
MENINGITE
C
A
meningite é a inflamação das meninges – membranas que envolvem o cérebro –
causada pela bactéria Neisseria meningitidis, transmitida de uma pessoa a
outra através de gotículas da tosse, espirro e beijo. Os principais sintomas
são: febre alta, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, rigidez de nuca e,
algumas vezes, manchas na pele (tipo picada de mosquito).
RUBÉOLA
Causada
por vírus, é transmitida através da inalação de gotículas de secreção nasal de
pessoas contaminadas, que contêm o vírus. A apresentação inicial se assemelha a
uma gripe comum, e dura de 7 a 10 dias, até o surgimento das ínguas e,
posteriormente, manchas na pele, que desaparecem sem deixar sequelas. Estes
dois últimos sintomas são encontrados inicialmente na face e no pescoço e
disseminados pelo tronco e membros. Não há tratamento específico antiviral. A
vacina é a única forma de prevenção contra a doença.
SARAMPO
Febre,
tosse persistente, corrimento no nariz e irritação nos olhos são sintomas
facilmente confundíveis com uma gripe, exceto pelo aparecimento de manchas
avermelhadas na pele, característica marcante do sarampo. É transmitido por um
vírus através de secreções expelidas pelo nariz ou boca durante a fala, tosse
ou espirro do doente.
- Clique aqui e confira um alerta epidemiológico da
SES-MG sobre sarampo na América Latina.
TÉTANO
A
contaminação pela bactéria Clostridium tetani é feita a partir de
lesões na pele causadas por ferimentos, mesmo que pequenos, provocados por
metais (enferrujados ou não), madeira, vidro ou outros objetos contaminados. Os
principais sintomas são: contrações musculares involuntárias na região do
ferimento, seguido de contrações dos músculos da face e do pescoço.
Progressivamente também atinge os músculos do abdômen, provocando dificuldade
de engolir e insuficiência respiratória.
TUBERCULOSE
A vacina
BCG é composta pelo bacilo de Calmette & Guérin, obtido pela
atenuação do Mycobacterium bovis, umas das bactérias que transmitem a
tuberculose. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a
vacinação universal das crianças e deve ser dada logo ao recém-nascido. Se isso
não for possível, deve ser ministrada após o primeiro mês de vida. Ainda, a BCG
pode ser tomada por crianças com sorologia positiva de HIV que não apresentam
sintomas, ou filhos de mulheres soropositivas assintomáticas. Para saber mais
sobre a Tuberculose, clique aqui.
VARICELA
Também
conhecida como catapora, é uma doença infecciosa causada pelo vírus
varicela-zoster. Nos meses de setembro e outubro é comum o aumento do número de
casos. Altamente contagiosa, mas geralmente benigna, a transmissão da catapora
se dá através da saliva ou secreções respiratórias, ou por contato com o
líquido do interior das vesículas. Febre entre 37,5° e 39,5°, mal-estar,
inapetência, dor de cabeça e cansaço são os principais sintomas. Entre 24 e 48
horas surgem lesões de pele caracterizadas por manchas avermelhadas, que dão
lugar a pequenas bolhas ou vesículas cheias de líquido, sobre as quais,
posteriormente, se formarão crostas que provocam coceira.
Para mais informações acesse AQUI.
Para mais informações acesse AQUI.
Fonte
do Texto: http://www.saude.mg.gov.br/vacinacao
Imagem: Divulgação.
Imagem: Divulgação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário