Com
a aproximação do carnaval, há um aumento no número de ataques cardíacos e de
derrames neste período do ano. Os riscos ao coração são provocados pelo consumo
excessivo de álcool associado a um ritmo exaustivo de folia durante o carnaval,
sendo o risco ainda maior no consumo de drogas ilícitas. Então, pessoas com
problemas cardíacos e mesmo as saudáveis devem ficar atentas a sintomas como
cansaço exagerado, falta de ar, dor no peito, tonteira e palpitações. Para que
todo esse tum-tum-tum soe dentro do ritmo é preciso ficar de olho na saúde
dessa maquininha.
Segundo
o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 29,4%
de todas as mortes registradas no País em um ano. Isso significa que mais de
308 mil pessoas faleceram principalmente de infarto e acidente vascular cerebral
(derrame) em um ano. A alta frequência do problema coloca o Brasil entre os 10
países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares. Entre os
principais males que podem atingir o coração estão a insuficiência coronariana
e a insuficiência cardíaca, cujas causas mais comuns são a própria doença
coronariana e a hipertensão.
De acordo com a cardiologista Maria Catarina Dias,
da equipe da Rede D´Or São Luiz, os principais fatores de risco que levam a um
infarto agudo do miocárdio são: diabetes, tabagismo, hipertensão,
dislipidemia (especialmente elevação do colesterol LDL), obesidade, estresse,
sedentarismo e hereditariedade. “Um importante estudo revelou que o homem
fumante tem cinco vezes mais chance de ter um infarto que o não-fumante. Os riscos
provocados pelo comportamento superam inclusive histórico familiar de doença
cardiovascular”, alerta a médica.
Normalmente,
os riscos aumentam com a idade, sendo mais comuns em homens acima dos 50 anos e
em mulheres após a menopausa. Nem sempre, porém, os problemas que atingem o
coração acometem apenas as pessoas com idade avançada, podendo atingir também
gente de outras faixas etárias. Quanto mais cedo o problema é
identificado, maiores as chances de tratamento e da adoção de padrões de vida
mais adequados. A prevenção é a forma mais eficiente, econômica e prática para
o tratamento das doenças do coração. “Se faz necessária uma dieta saudável,
a prática regular de atividades físicas com prévia orientação médica,
baixar o peso para o ideal, não fumar, beber com moderação, controlar a
glicose, o colesterol, os triglicérides e, principalmente, a hipertensão”,
afirma a cardiologista.
IMPORTANTE:
Um
exercício simples indicado e que pode ser praticado por pessoas de todas as
idades é a caminhada. Mas é essencial que a atividade seja regular, por ao
menos 30 minutos, no mínimo 4 vezes na semana, para que o efeito redutor do
risco cardiovascular seja evidente. “O exercício físico intenso de forma
esporádica pode, ao contrário, aumentar o risco de morte súbita em pessoas sem
condicionamento”, diz Catarina. Consultas médicas regulares são essenciais para
aferição da pressão arterial, controle de peso, orientação nutricional,
controle dos fatores de risco, além de avaliação física. Alguns especialistas
sugerem, na ausência de histórico familiar de doenças cardiovasculares ou
outros fatores de risco, consultas a cada cinco anos até completar 40 anos e
uma vez por ano a partir dessa idade.
Texto
Ivany Vilarim – Brava Comunicação.
Imagem:
Google imagem.
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