Infecção
mata, em média, 240 mil pessoas por ano, apenas no Brasil. Um
combate constante e que pode salvar muitas vidas, a luta contra a Sepse visa
alertar a população sobre os riscos dessa infecção, que é a principal causa de
admissão e de óbito nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no mundo e mata
mais que o infarto do miocárdio e alguns tipos de câncer. Só no Brasil,
cerca de 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e 240 mil pessoas
morrem em decorrência da Sepse. Os dados são do Instituto Latino Americano da
Sepse (ILAS).
A
Sepse pode atingir do recém-nascido ao idoso. A infecção inicialmente
localizada, se não for diagnosticada e tratada de forma adequada pode evoluir,
desencadeando reação de todo o organismo, o que caracteriza a Sepse.
Pesquisadores apontam a falta de informação da população a respeito do assunto
como um dos principais motivos para esses elevados e preocupantes
índices. O risco pode ser diminuído, sobretudo em crianças, seguindo
corretamente o calendário de vacinação e mantendo uma higiene adequada –
lavando as mãos com cuidado, principalmente.
Num
paciente com Sepse podem ocorrer mudanças da temperatura – tanto febre quanto
hipotermia (quando a temperatura do corpo cai abaixo do normal, que é de
36ºC) – da frequência cardíaca (que fica acelerada), da contagem de células
brancas do sangue e da respiração. Esses são alguns sinais para que o
paciente procure a emergência mais próxima.
Tratamento
Tratamento
O
tratamento é feito a base de antibióticos e deve começar o mais precocemente
possível. “Por mais simples que seja uma infecção, ela pode não evoluir bem. O
tempo que se leva para iniciar o tratamento é fundamental para a cura”, relata
a gestora da UTI Geral do Hospital Esperança Recife, Drª Mariza da Fonte. A
médica faz ainda um importante alerta, para que os pacientes evitem a
automedicação: “cada paciente possui um histórico e é preciso avaliar os
sintomas e a gravidade da infecção, entre outros aspectos fundamentais para o
sucesso do tratamento, que deve ser individualizado para cada paciente”,
relata. Dados apontam que a taxa de mortalidade em casos tratados na
sua fase inicial é de 5%. Quando há retardo no tratamento, a mortalidade
eleva-se para 30%; e quando o paciente apresenta quadro de choque séptico, o
risco passa a ser de 40 a 60%.
Outro
fator que deve ser esclarecido é que a Sepse não é um síndrome relacionada
apenas às infecções hospitalares. A gravidade de uma infecção depende de
fatores diversos, incluindo o estado nutricional do paciente, fatores
relacionados ao agente infeccioso e fatores extras que podem interferir na
evolução do caso, como ser submetido a transplantes ou tratamento
quimioterápico.
Campanhas
de orientação são desenvolvidas em todo o mundo para que a população esteja
atenta aos sinais de infecção. Conforme especificado, quanto antes for tratada,
menor o risco de evoluir para a Sepse. No Esperança Recife, as equipes
participam de treinamentos constantes para que possam reconhecer mais
precocemente os sinais de alerta para Sepse. Os pacientes e acompanhantes
também recebem orientações para prevenir infecções, dentre elas estão lavar
corretamente as mãos ao entrar e sair do hospital; não levar flores e alimentos
para o ambiente hospitalar; e não visitar o paciente se estiver com alguma
doença contagiosa (lembrando que até uma gripe se enquadra nessa recomendação).
Ainda
falando em prevenção, podemos citar a Central de Material e Esterilização
(CME), setor do Hospital responsável pelo processamento de artigos e
instrumentos médico-hospitalares, seguindo requisitos da legislação
sanitária e recomendações de organizações nacionais e internacionais. É
um processo de grande importância para diminuir os riscos
de quadros infecciosos em ambiente hospitalar, já que tem como
produto a desinfecção e esterilização de instrumentos e muitos materiais
utilizados pelos pacientes. O setor alia moderno parque tecnológico e a
realização diária de indicadores físicos, químicos e biológicos. Sendo assim,
todo o processo é rastreado, garantindo a segurança do paciente.
Texto
informativo Brava Comunicação.
Imagens: Internet.
Imagens: Internet.
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