Os
personagens desta peça estão dentro de um hospital nada convencional. Muitas
vezes, tudo ali parece mais um picadeiro. O médico é o monstro?, novo
espetáculo do elenco pernambucano do Doutores da Alegria, mistura esses dois
universos: as alas pediátricas dos hospitais e o circo. A montagem faz
temporada encerrando o ano de 2019, de 26 a 29 de dezembro, sempre em duas
sessões, às 16h e às 18h, na CAIXA Cultural Recife, no Bairro do Recife. Os
ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada) e estarão à venda nos dias das
apresentações, uma hora antes de cada uma delas.
Com
direção de Arilson Lopes e dramaturgia assinada por Cleyton Cabral, a peça faz
uma brincadeira com o título da novela do escocês Robert Louis Stevenson, O
médico e o monstro, clássico publicado em 1886. Mas, na verdade, o desenrolar
da história contada pelo Doutores da Alegria foi inspirado no conto A
morte e o médico (de autoria de Heltai Jenö, publicado no livro Antologia
do conto húngaro, de Paulo Rónai) e por uma narrativa de tradição oral escocesa
que trata do ciclo da vida e remonta ao século XI.
“Estamos
falando sobre a morte, que é drástica, encarada como esse encerramento brutal,
e sobre as inúmeras perdas, mesmo aquelas pequenininhas, que parecem
inofensivas. Ainda assim, conseguimos tratar desse tema sendo bobos, palhaços,
com humor e leveza. É um espetáculo que alcança todas as idades”, conta Arilson
Lopes, que também é coordenador artístico da unidade Recife do Doutores da
Alegria. Sobre a associação entre “médico” e “monstro”, o coordenador explica
que esse médico é o próprio “besteirologista”, especialidade do Doutores da
Alegria nos hospitais. “Não sabemos de onde vem o medo que muitas crianças têm
da figura do palhaço. Médico e palhaço se alinham neste lugar do temor”, avalia.
No
espetáculo, o cotidiano desse hospital-picadeiro é alterado pela visita de uma
paciente inesperada. A situação pode até ser assustadora, mas é também muito
engraçada, já que quatro palhaços atrapalhados ajudam a desenrolar esse enredo.
Entre os personagens, uma enfermeira que dança rumba (Dra. Baju, Juliana de
Almeida); o maqueiro-acrobata (Dr. Dud Grud, Eduardo Filho); e o médico e dono
do circo (Dra. Svenza, Luciana Pontual). A paciente misteriosa é interpretada
por Dra. MonaLisa, Greyce Braga.
A
trilha sonora do espetáculo é original e foi pensada por Juliana de Almeida,
que assina a direção musical. Já a direção de movimento é de Íris Campos. A
ficha técnica inclui ainda figurino, idealizado por Luciano Pontes, cenário de
Fábio Caio, e iluminação de Luciana Raposo. A coordenação de produção é de Nice
Vasconcelos.
“Lidamos
muito com chegadas e partidas, com a fragilidade e o fim. Esse espetáculo é uma
forma de fazer uma homenagem aos nossos pacientes ao longo desses 16 anos de
atuação em Pernambuco, e celebrar a vida. Tentar ressignificar a percepção
sobre o hospital, as transformações e a multiplicidade das fases, pelas quais
todos passamos”, conclui Lopes.
Sinopse O
médico é o monstro?:
O
cotidiano de um hospital é alterado pela visita de uma paciente inesperada. A
situação pode até ser assustadora, mas é também muito engraçada, já que quatro
palhaços atrapalhados ajudam a desenrolar esse enredo. Esse hospital não tem
nada de tradicional: lembra um picadeiro, daqueles que recebem atrações como o
acrobata e o mágico. Um deles, no entanto, terá a responsabilidade de decidir o
destino da humanidade. O novo espetáculo do Doutores da Alegria é para crianças
e adultos de todas as idades, que se divertem com bobice e besteira, mas também
se encantam com a delicadeza da vida.
Serviço:
O
médico é o monstro?
Quando: De
26 a 29 de dezembro, sempre em duas sessões, às 16h e às 18h
Onde: CAIXA
Cultural Recife (Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do
Recife)
Ingressos: R$
30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada). À venda na bilheteria da Caixa, uma hora
antes de cada sessão
Informações: (81)
3425-1915
Duração: 1h
Classificação: indicado
para maiores de 6 anos
Capacidade: 80
lugares
Ficha
técnica – O médico é o monstro?
Direção: Arilson
Lopes
Dramaturgia: Cleyton
Cabral
Elenco: Eduardo
Filho (Dr. Dud Grud), Greyce Braga (Dra. MonaL
isa),
Juliana de Almeida (Dra. Baju) e Luciana Pontual (Dra. Svenza)
Direção
musical: Juliana de Almeida
Direção
de movimento: Íris Campos
Figurino: Luciano
Pontes
Cenário: Fábio
Caio
Iluminação: Luciana
Raposo
Confecção
de figurinos: Antonio Olivier
Operador
de som: Marcelo Sampaio
Fotografia: Camila
Silva e William Oliveira
Coordenação
de produção: Nice Vasconcelos
Assistentes
de produção: Douglas Souza e Tadeu Gondim
Doutores
da Alegria:
Doutores
da Alegria é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que
introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo junto a crianças,
adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em
hospitais públicos. Fundada em 1991 por Wellington Nogueira, transita pelos
campos da saúde, da cultura e da assistência social e reforça a cultura como um
direito de todos.
Desenvolve
o Programa de Palhaços em 12 hospitais de São Paulo e Recife. No Rio de
Janeiro, com o projeto Plateias Hospitalares, mantém uma programação artística
permanente e diversa em seis hospitais. A Escola Doutores da Alegria traz
formações diversas para o público em geral e para artistas e, entre suas
iniciativas, se destaca o Programa de Formação de Palhaço para Jovens.
Como
ajudar na manutenção da associação Doutores da Alegria
O
trabalho da associação Doutores da Alegria, gratuito para os hospitais, é
mantido por doações de empresas e de pessoas físicas, tanto por recursos
próprios quanto por recursos advindos por meio das leis de incentivo fiscal. Os
recursos das contribuições permitem a continuidade e a expansão das atividades
e da estrutura do grupo, a realização de atividades de formação, oficinas e o
aprimoramento técnico dos artistas. Quem quiser ajudar o trabalho da associação
Doutores da Alegria pode entrar no site www.doutoresdaalegria.org.br e
em facebook.com/doutores.
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