Essa
criança que foi vista, pela última vez, há muitos anos e nunca mais soubemos
notícias. Era uma criança alegre, normal como a maioria, que pulava, ria e
ficava feliz com brinquedos velhos ou aqueles brinquedos inventados com latas
de leite em pó. Chupava chupeta, pulava amarelinha, jogava pião, brincava na
chuva, corria nas calçadas, subia nas árvores e até corria do vizinho porque
estava roubando frutas em algum quintal. Vibrava quando ganhava brinquedos
novos. Dava vida a latinhas, tampinhas, soldadinhos de chumbo, bonecas.
Brincava de médico, era enfermeira ou paciente, jogava botão, colecionava
pedrinhas, figurinhas, devorava ovos de páscoa.

Ah,
escrevia cartinhas pra Papai Noel. Soltava balões e brincava de "pêra,
uva, maçã ou salada mista". Batia palmas no circo, adorava zoológico,
brincava de roda na escola, ficava feliz quando se empanturrava de sorvete. Ela
se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles
livrinhos de bolso que a madrinha lhe dava.
Fazia
beicinho quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus
amigos, sua pureza, sua inocência. Essa criança que foi vista, pela última
vez... Dentro de nós mesmos, há muitos anos.
Onde
ela está? Para onde foi? Quem a vir, venha nos falar. Ainda é tempo de fazermos
com que ela reviva, retomando um pouco a alegria da infância e deixando a alma
dar gargalhadas, afinal, "ainda que as uvas se transformem em passas, o
coração é sempre uma criança disposta a pular corda".
Nunca
deixe a criança que existe dentro de você desaparecer, porque um pouco de
inocência é bom às vezes, um sorriso bobo é bom quase sempre, um tanto de
felicidade é essencial para nossas vidas!
Não
deixe se perder no tempo a criança que existe em você!
Fonte
do texto: Autoria do texto desconhecida
Imagens:
Reprodução/Internet.
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