Elevado
nível de curiosidade, rapidez na aprendizagem, senso de humor diferenciado e
perfeccionismo. Essas são algumas das principais características de uma criança
superdotada, diagnóstico que apresenta habilidades especiais em atividades
intelectuais e acadêmicas. Devido à dificuldade de reconhecer as aptidões, não
há dados oficiais que indicam a quantidade de crianças identificadas, mas
estima-se que 5% do público infanto-juvenil sejam superdotados no Brasil.
Para
a presidente da Associação Brasileira de Superdotação/Altas Habilidades, Susana
Graciela Pérez, é necessário que hajam métodos mais adequados para identificar
e atender esse público. “Essas pessoas são vistas como um bicho estranho,
hiperativo, que não se encaixa na normalidade. Se for identificada e atendida
adequadamente, o impacto será muito positivo, porque poderá desenvolver suas
potencialidades de forma plena e, inclusive, contribuir com a sociedade”,
comenta a especialista.
No
Brasil, a lei 9394/96 determina que os superdotados tenham atendimento
educacional especializado, enriquecimento curricular e preparação para o
mercado de trabalho. A lei 13.234/15 também prevê a identificação e atendimento
especializado, mas nenhuma delas ainda foi regulamentada. De acordo com Susana
Graciela, enquanto as leis não entram em prática, o primeiro passo seria formar
os professores para lidar com esses casos.
“Os
professores são os que mais convivem com essas crianças, além da família.
Então, eles estão na posição ideal para divulgar informações verdadeiras e
acabar com os mitos sociais sobre essas pessoas. Precisamos compreender que
esse público é tão vulnerável quanto as pessoas com deficiência”, afirma.
Palestra
A
uruguaia Susana Graciela Pérez é uma das palestrantes confirmadas no XV
Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, que será realizado entre os
dias 20 e 22 de setembro, no Centro de Convenções, em Olinda. A convidada
ministra a palestra “Entendendo e trabalhando com a superdotação/altas
habilidades”, no dia 21, a partir das 10h40.
“Reunir
professores e profissionais acadêmicos para debater um tema tão delicado e
importante como este é um grande passo. É um assunto que requer extremo cuidado
no trato e precisamos esclarecer que superdotados são considerados especiais,
assim como os alunos que apresentam déficit de aprendizagem”, pontua a
palestrante.
Fonte
do texto: Ramon Andrade-Dupla Comunicação/Imagem: Reprodução.
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