Com
a chegada de dias mais quentes, e o consequente aumento da perda de água pelo
organismo, tornam-se maiores os cuidados que as pessoas precisam ter para
evitar a desidratação. Ela acontece quando as perdas de líquido são maiores que
a reposição, seja pelo calor ou pela realização de alguma atividade física
desgastante. “É importante que as pessoas tomem líquido com regularidade
sempre”, afirma a nutricionista Stella Bezerra, do Hospital Jayme da Fonte.
De
acordo com a profissional, a primeira medida a ser tomada é evitar exposição ao
sol por tempo prolongado. Depois, usar protetor solar: “A queimadura solar pode
contribuir para a desidratação. Quanto mais grave for a queimadura, mais
importante será o risco de desidratação. Por último, e não menos recomendável,
deve-se consumir líquidos com regularidade, principalmente se a exposição ao
sol for concomitante a alguma prática desportiva”, explica Stella.
As
manifestações clínicas que a desidratação dá vão da sede à confusão mental.
Existem ainda manifestações como torpor e coma – o que é mais difícil de
acontecer em uma exposição habitual de praia. “Para esse tipo de exposição –
praia no verão –, o que se vê além da sede é o ressecamento das mucosas,
sobretudo a mucosa oral, olhos fundos e diminuição do volume urinário”, diz a
nutricionista. É bom lembrar que a sede é um sinal tardio da falta de água, que
acontece quando o organismo já esgotou algumas de suas reservas.
Como
a desidratação pode ser extremamente perigosa – podendo ser até fatal – é bom
não descuidar da ingestão de líquidos durante o período. O ideal é ingerir pequenas
quantidades várias vezes ao dia. Suco de frutas e água de coco são uma boa
opção para matar a sede. “Os líquidos são importantes, quase todos. Devemos
evitar aquelas substâncias sabidamente tóxicas, como o álcool – independente da
discussão do álcool ser ou não diurético. Devemos preferir os líquidos
isotônicos nas primeiras fases da desidratação, mas se apenas estiver
disponível refrigerante, por exemplo, não se deve aguardar”, afirma Drª Stella.
A
reposição diária ideal deve ficar em torno de 2,5 litros, o que pode ser feito
por meio da ingestão de água e outros líquidos ou mesmo na forma de alimentos –
líquidos ou sólidos. As verduras de folha e alguns legumes, por exemplo, têm
mais de 90% de seu peso em água. O mesmo vale para algumas frutas. “Caso alguém
identifique em uma pessoa sinais de desidratação mais grave – sede intensa
acompanhada de tonturas, náuseas, vômitos, diminuição do débito urinário ou
sonolência –, deve encaminhar esta pessoa a um serviço de saúde próximo”,
conclui a nutricionista.
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