Os
adventos da modernidade têm proporcionado aumento na expectativa e qualidade de
vida dos brasileiros. Na medicina, avanços constantes buscam aprimorar técnicas
e apresentam tecnologia aliada ao bem-estar. Um dos exemplos é o stent
bioabsorvível. Antes, o estreitamento das artérias coronarianas era tratado com
o implante de stents metálicos. Atualmente, os modernos centros de hemodinâmica
do país oferecem o implante do stent bioabsorvível, a exemplo do Hospital São
Marcos, situado no Recife. “É um dispositivo de nova geração que permite
recuperação total da motilidade vascular após sua absorção. Ou seja, como o
organismo absorve o material implantado, não há impedimento das funções do vaso
sanguíneo”, explica o chefe do Laboratório de Hemodinâmica e Cardiologia
Intervencionista do Hospital São Marcos, José Breno de Sousa Filho.
A
colocação do stent bioabsorvível é feita por meio de uma angioplastia. O
tratamento é indicado em todos os pacientes que apresentem necessidade,
principalmente em pacientes jovens. Os stents bioabsorvíveis (BVS) são
produzidos com um tipo especial de plástico PLLA (Polímero de Ácido
Polilático). Seus componentes são 100% biocompatíveis e bioabsorvíveis,
quebrando em moléculas de acido láctico, cujo metabolismo final é o CO2 e a
água, o que evita a irritação da parede do vaso sanguíneo. A absorção pelo organismo
ocorre num prazo de um a dois anos após o implante. “Além de o vaso recuperar
completamente o estado funcional, conforme citado, também é possível realizar
outros procedimentos no futuro, caso necessário, como a colocação de uma ponte
de safena, uma vez que o vaso não fica ‘aprisionado’ por um material metálico”,
completa o médico.
Outro
grande avanço da cardiologia, também realizado pelo Hospital São Marcos, é
o Implante Percutâneo Valvar Aórtico (TAVI). É um procedimento
realizado em pacientes octogenários para o tratamento da estenose aórtica.
Caracterizada por um severo estreitamento da válvula aórtica, a doença é grave
e acomete cerca de 150 mil brasileiros acima dos 75 anos. “Boa parte dos
pacientes nessa faixa etária apresenta condições que aumentam o risco de uma
cirurgia de troca valvar, como a existência de outras doenças. Por isso, o
procedimento TAVI é o mais indicado”, relata Dr José Breno. Nesses casos, uma
válvula artificial biológica é introduzida por uma pequena incisão na virilha,
evitando a aplicação de anestesia geral e os riscos de complicações
pós-cirúrgicas. Para a realização do procedimento, a equipe – denominada “Heart
Team” – é composta por seis profissionais: um cirurgião, dois cardiologistas
intervencionistas, um ecocardiografista, um anestesiologista e um profissional
de enfermagem capacitado nessa área.
“Apenas
os maiores centros de cardiologia oferecem esses procedimentos, pois o
investimento em equipamentos de moderna geração e qualificação da equipe é
elevado”, avalia. O Laboratório de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista
do Hospital São Marcos está no hall dos melhores do Nordeste. A equipe é
reconhecidamente qualificada e está capacitada para o tratamento dos principais
problemas do aparelho cardiovascular. Seus componentes são os médicos José
Breno de Sousa Filho, Leonardo Viana de Brito, Carlos Eduardo Santos, Eduardo
Pessoa de Melo, José Breno de Sousa Neto, André Guilherme e Vinicius Melo.
Outro
fator de destaque do Hospital São Marcos é a realização de procedimentos de
alta complexidade na Emergência 24h, incluindo o tratamento de pacientes com
infarto agudo do miocárdio em até 90 minutos, conforme estabelece a Sociedade
Brasileira de Cardiologia Intervencionista (SBCI). “Nesses casos, a rapidez do
atendimento está diretamente relacionada à sobrevivência e recuperação do
paciente”, relata o cardiologista.
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