O
Brasil tem atualmente mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes e este
número vem crescendo anualmente. Muitos pacientes recebem o diagnóstico
como uma sentença para uma vida de restrições, mas é possível viver com
qualidade. “Com controle e acompanhamento médico, a doença não é fator
impeditivo para nada”, esclarece a endocrinologista do Hospital Jayme da Fonte,
Juliana Arruda.
Diabetes
é uma doença crônica que acontece quando o organismo passa a não produzir
insulina, ou está não tem ação adequada. Esta alteração vai resultar na
elevação do nível de glicose no sangue – a conhecida hiperglicemia. Quando o
portador da diabetes tem um quadro prolongado de hiperglicemia, pode haver
danos em alguns órgãos, como rins, olhos, coração, dentre outros.
As
formas mais comuns da doença são o Tipo 1 ou Tipo 2. No primeiro caso, a
produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem uma
destruição autoimune. É diagnosticada geralmente na infância ou adolescência,
mas pode ser identificada em adultos também. Os portadores necessitam de
injeções diárias de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades
físicas para ajudar a manter a glicose no sangue em valores normais.
O
Tipo 2 aparece quando o corpo não produz insulina suficiente ou não a utiliza
adequadamente, com uma resistência à sua ação. Acontece geralmente em adultos,
mas também pode se manifestar em crianças. Ela acontece em 90% das pessoas com
diabetes. Seu controle pode ser obtido através do uso de diversos medicamentos
orais para controle da glicemia, associado com atividades físicas e
planejamento alimentar. Em outros casos, pode haver a necessidade de uso de
terapia injetável, a insulina, além de outros antidiabéticos orais para o
controle da glicose. “O acompanhamento médico é importante para a descoberta do
diabetes Tipo 2. Por ser uma doença silenciosa, e no início assintomática, na
maioria dos casos os portadores desconhecem a presença da doença no organismo”,
afirma a médica.
Há
ainda o diabetes gestacional, quando a grávida apresenta uma maior resistência
à ação da insulina e os níveis da glicose no sangue se elevam. Pode surgir em
qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis. Há ainda alguns
fatores de risco como hipertensão, idade materna avançada, sobrepeso ou
obesidade e gravidez gemelar. “É preciso que as gestantes fiquem atentas e
verifiquem a partir da 24ª semana de gravidez como está sua glicose”, explica
Juliana.
Os
avanços científicos na área possibilitam tratamentos para todos os tipos de
casos de diabete e, em todos eles o primeiro passo para viver bem é
aceitar o diabetes e encarar o controle e a medicação como uma tarefa
criteriosa e diária. “Além disso, é importante manter hábitos saudáveis com
exercícios físicos e uma alimentação equilibrada”, finaliza a endocrinologista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário