De
24 a 29 de outubro, ocorre o II Mutirão Nacional de Reconstrução
Mamária. Organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP),
o programa atenderá, em todo o país, mulheres que tiveram câncer de mama e
foram submetidas à mastectomia. Em Pernambuco, 60 pacientes serão atendidas.
Duas delas serão operadas no Esperança Recife, contando com toda a estrutura e
suporte do Hospital, desde o bloco cirúrgico, passando pelos cuidados da sala
de recuperação pós-anestésica, curativo no dia seguinte, até a alta hospitalar,
também no dia seguinte.
“É
a primeira vez que o programa agrega hospitais privados e esse é um avanço
significativo, pois podemos oferecer toda a estrutura sem custo para as
pacientes. A cirurgia de reconstrução mamária acaba com o estigma de sequela de
não ter mama, devolvendo a autoestima e trazendo novamente essas pacientes para
o convívio social e familiar, relata Jairo Zacchê, presidente da regional
Pernambuco da SBCP e cirurgião do Hospital Esperança Recife.
Na
primeira edição, em 2012, cerca de 30 pacientes foram atendidas no estado de
Pernambuco. Este ano, conforme citado, será o dobro. “Além da cooperação dos
hospitais privados, contamos com a colaboração de colegas anestesistas e
cirurgiões vinculados à SBCP que, sem vínculo com instituição pública e de
forma voluntária, irão operar pacientes oriundas do Sistema Único de Saúde
(SUS). São profissionais capacitados e com experiência nesse tipo de
procedimento”, completa o cirurgião, que coordena a campanha no Norte/Nordeste.
Além do trabalho voluntário dos
profissionais do mais alto nível, os implantes mamários serão doados às
pacientes pela empresa EUROSILICONE, que disponibilizou 500 implantes para a
campanha, a nível nacional. As cirurgias serão realizadas em hospitais públicos
e privados.
Em
Pernambuco, as cirurgias ocorrem na capital, em Caruaru e Petrolina. No Hospital
Esperança Recife elas serão realizadas no dia 29 de outubro. “Serão cirurgias
de simetrização em pacientes que já tiveram a prótese colocada e precisam de
procedimentos para equilíbrio entre a mama sã e a reconstruída, como redução de
volume e preenchimento de gordura (Lipofilling)”, explica o médico.
Atualmente,
o câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres, atrás apenas da
incidência do câncer de pele não melanoma. Em 2015, foram registrados mais de
50 mil casos no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA),
são esperados cerca de 2.500 casos novos de câncer de mama em Pernambuco.
Desses, cerca de 700 apenas no Recife. “Lembramos sempre que a prevenção é
essencial, com acompanhamento médico periódico e a realização de exames”,
reforça o cirurgião Jairo Zacchê.
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