Entre
as muitas dúvidas que mamães e papais de primeira viagem possuem, uma das mais
comuns e aparentemente simples de se resolver é quando iniciar o desfralde. É
sempre importante, tanto nessa quanto em outras questões, respeitar o ritmo da
criança. É necessário que ela tenha as condições de entender o processo para
que possa ser desfraldada sem que isso cause transtornos emocionais,
psicológicos e até clínicos. Quem tem intestino preso ou infecção urinária, por
exemplo, sabe o quanto essas situações são incômodas. E elas podem ter tido seu
início com a ansiedade dos pais, cuidadores e da escola na retirada das
fraldas.
Opediatra do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do
Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Marcio Nehab, dá dicas para a hora
do desfralde.
Quando
tirar
Quando
a criança começa a dar sinais de que está preparada para o desfralde. Entre 1
ano e meio e 2 anos, ela começa a falar: “xixi”, “cocô”. Ela ainda não tem
muita noção, pode estar falando xixi quando, na verdade, quer fazer cocô, e
vice-versa, mas começa a avisar, mesmo depois de já ter feito, pois não quer
mais ficar com a fralda suja.
O
que observar
Outro
sinal é quando a fralda começa a ficar seca por mais tempo, o que indica que a
criança já começou a ter o controle dos esfíncteres, que são os músculos
responsáveis por segurar ou liberar a saída da urina e das fezes. Esse é o
momento de os pais começarem a pensar na possibilidade de iniciar o desfralde.
Sem
ansiedade
Forçar
a criança a fazer o desfralde quando ela ainda não está pronta, seja do ponto
de vista neurofisiológico ou emocional, pode gerar nela uma frustração por não
corresponder às expectativas dos pais. Além disso, a criança pode começar a
prender as fezes por muito tempo, causando prisão de ventre e até quadros mais
graves de constipação intestinal.
Quando
pedir ajuda
Se
a criança tem alguma doença que dificulta sua capacidade de controle dos
esfíncteres, o desfralde, muitas vezes, precisa ser adiado. Quando não há
qualquer comprometimento neurológico ou do trato urinário, deve-se evitar
iniciar o desfralde em momentos que coincidem com outras transformações
importantes na vida da criança, como: nascimento de um/a irmão/ã, separação dos
pais, mudança de casa ou de escola, entre outras.
Dicas para um desfralde mais tranquilo
Dicas para um desfralde mais tranquilo
- Situações do desenvolvimento infantil devem ser tratadas com flexibilidade. Se achar que a criança está preparada para o desfralde, mas, no decorrer do processo, perceber que ela não está madura, não há problema em parar e recomeçar em outro momento.
- Utilize um penico ou ‘troninho’ com apoio para os pés para que a criança faça o esforço para liberação da urina e das fezes com segurança. Adaptadores de assento para vaso sanitário só devem ser usados quando a criança já estiver treinada;
- Pergunte à criança, a cada uma ou duas horas, se ela deseja fazer xixi ou cocô, levando-a ao penico para que ela crie o hábito;
- Use sempre as mesmas palavras para xixi e cocô ao falar com a criança. Se em cada momento você utilizar um termo diferente, poderá confundi-la e até mesmo prejudicar o desfralde;
- Nunca brigue ou castigue a criança se ela fizer xixi ou cocô no chão ou na roupa durante o processo de desfralde. Ao contrário, valorize suas pequenas conquistas, encorajando-a a vencer as dificuldades.
Fonte do Texto: O texto original foi encontrado na página da IFF - Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira e tem como título: “Especialista dá dicas para tirar a fralda do seu filho”, autoria: Irene Kalil e Juliana Xavier. Você pode conferir acessando AQUI.
Fonte das imagens:
Internet/Reprodução.
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