Nos
últimos dias Pernambuco tem apresentado vários casos de caxumba. De acordo
com a Secretaria Estadual de Saúde, já foram confirmados 94 casos da doença
apenas este ano. A médica Andrezza de Vasconcelos, infectologista do Hospital Jayme da Fonte, explica que a caxumba, também conhecida com parotidite ou
papeira, é uma doença infecciosa, transmitida pelo ar (tosse, espirros) ou por
contato direto com saliva, causada por um vírus da família paramyxoviridae. “O
principal sinal da caxumba é a inflamação das glândulas salivares,
principalmente as parótidas, o que deixa o pescoço bem inchado”, afirma a
médica.
O
período de incubação do vírus varia entre 14 e 25 dias. A caxumba
geralmente se manifesta durante a infância, nos meses de inverno e começo da
primavera. Porém os casos recentes têm acontecido em adultos, uma vez que a
vacinação contra a caxumba faz parte do calendário básico de vacinação do
Ministério da Saúde.
Os sintomas inicias são:
-
Inchaço doloroso nas laterais da face e do pescoço;
-
Febre;
-
Dor de cabeça;
-
Dor ao engolir;
-
Perda do apetite;
-
Astenia.
Transmissão
Ocorre a partir de dois dias antes até nove dias depois do
aparecimento dos sintomas. Geralmente o diagnóstico é feito por um
clínico geral através da anamnese e exame físico, mas existem exames
laboratoriais, como teste da saliva ou de sangue, que ajudam a identificar a
doença. “A caxumba geralmente é benigna e seu tratamento é feito com
analgésicos e antitérmicos para aliviar os sintomas, já que não existe
medicamento para eliminar o vírus. Deve-se beber muito líquido e
aplicar compressa morna nos locais inchados para alívio da dor e regressão do
edema.”, explica a infectologista.
As
complicações da caxumba são raras, mas quando acontecem podem causar surdez;
meningite viral; orquite - inflamação dos testículos; ooforite - inflamação dos
ovários; e aborto. A prevenção é feita através da vacina tríplice viral, que
protege contra a caxumba, o sarampo e a rubéola, a partir dos 12 meses de
idade. “Adultos e adolescentes (principalmente mulheres que planejam
engravidar), não imunizados na infância e que nunca foram infectados, devem
receber a vacina. A eficácia da vacina é de 97%", conclui a médica.
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