Dizer
“não” pode ser uma tarefa difícil para muitas pessoas, mas quando falamos em
negar algo a uma criança, a missão parece ainda mais complicada. Muitos pais
sofrem diariamente com o processo de aprendizado dos pequenos que não aceitam
as negativas. Pensando na problemática, o Colégio CasaForte recebe, na próxima
terça-feira (31), às 19h, a psicóloga e diretora administrativa do Centro de
Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL), Bruna Vaz, para a palestra “Amor e
Limite: vamos conversar?”.
Segundo
a pedagoga e diretora do Colégio CasaForte, Betânia Ferreira, falta o
estabelecimento de conversas diárias com as crianças. “Esses diálogos favorecem
momentos de tentativas de fazer acordos, de programar atividades de lazer, de
cumprimento de determinadas obrigações simples do dia a dia. Se não for
habituada à aquisição dessas regras, a criança vai exigindo cada vez mais dos
pais, e isso leva à dificuldade de eles passarem a não ter mais a noção de que
educar é, inclusive, estabelecer limites”, explica. Para Betânia, a dificuldade
de negar algo aos pequenos também se abriga na tendência de muitos pais em
compensar sua ausência durante o dia: “O dia a dia atribulado dos pais muitas
vezes sugere a necessidade de compensar as crianças pela ausência em períodos maiores
durante o dia”.
De
acordo com a palestrante, Bruna Vaz, é muito importante tratar sobre os limites
na educação das crianças, pois a construção da noção de limite norteia tanto a
rotina da criança, como baliza as suas relações com seu meio social. “Impor
alguns limites aos filhos é mais do que dar alguns nãos. É o exercício da
vivência diária em ajudá-lo na construção de uma empatia para com o meio à sua
volta. Elas devem aprender a se colocar no lugar do outro, sejam pessoas,
animais ou o próprio meio ambiente”, comenta a psicóloga.
Uma
das lições básicas na orientação aos pais é que eles sejam sempre modelos de
bons exemplos para os filhos. “Como um filho pode aprender a respeitar, se tem
pais que desrespeitam ou maltratam os outros?”, questiona Bruna Vaz, que é
também psicoterapeuta de crianças, adolescentes e adultos.
A
dica é conversar mais com os pequenos, olhando nos olhos, e proporcionar
momentos de interação e convivência entre os membros da família. Idas ao
teatro, museus, espaços culturais, livrarias especializadas no universo
infantil, passeios nos parques, caminhadas ao ar livre. Tudo isso será
bem-vindo para uma relação mais saudável entre pais e filhos.
Texto informativo: Marília Monteiro.
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