
Primeiro de dezembro marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a importância da prevenção. A Aids, sigla para Síndrome da Imunodeficiência Humana, é causada pelo vírus HIV. Ele destrói o sistema imunológico, ou seja, enfraquece as defesas do organismo, tornando o paciente suscetível a diversas doenças. “Um simples resfriado, por exemplo, pode se tornar mais agressivo em um paciente com Aids. E as infecções podem apresentar evoluções mais graves”, explica o infectologista Moacir Jucá, do Hospital Esperança Recife.
No entanto, ser portador do vírus HIV não significa ter Aids. Algumas pessoas podem ser soropositivas (portar o vírus) e não desenvolver a doença. O perigo é que o vírus pode ser transmitido para outras pessoas, sobretudo em relações sexuais desprotegidas. Essa também é a principal forma de contágio de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), a exemplo das hepatites virais, sífilis e herpes. Compartilhar agulhas contaminadas, além de instrumentos que cortam sem estarem esterilizados são outras formas de contágio. “Por isso é tão importante adotar hábitos como o uso da camisinha em todas as relações sexuais, utilizar seu próprio alicate e demais instrumentos na manicure, além de nunca reutilizar ou compartilhar seringas e agulhas”, alerta o médico.
Além
do sangue, sêmen e secreção vaginal, o vírus HIV também está presente no leite
materno. Sendo assim, uma mãe infectada pode transmiti-lo ao bebê durante a
gravidez, parto ou amamentação. Para evitar o contágio, saber se é portadora do
vírus HIV é fundamental. Esse exame é realizado durante o pré-natal. De acordo
com o Ministério da Saúde, a taxa de transmissão do HIV durante a gravidez é de
20%. Esse percentual cai para cerca de 1% quando a gestante segue todas as
recomendações médicas.
O
teste para identificar a presença do vírus HIV é realizado a partir da coleta
de sangue. O resultado é sigiloso e irá orientar o paciente a buscar
acompanhamento médico. O Ministério da Saúde aponta que o número de pessoas
infectadas pelo HIV no Brasil é de aproximadamente 530 mil. Dessas, 25,4% não
sabem que estão infectadas. “Como o vírus pode passar anos no organismo sem se
manifestar, é de suma importância realizar o exame, já que mesmo sem apresentar
sintomas é possível infectar o parceiro ou o bebê, no caso das gestantes”,
esclarece o infectologista.
Saber
do contágio precocemente também aumenta a expectativa de vida do soropositivo.
O tratamento adotado no Brasil é considerado referência pela OMS. Além do
acompanhamento periódico por diversos profissionais de saúde, ele inclui a
realização de exames e administração de medicamentos antirretrovirais, quando
necessário. Essa medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo e recupera
as defesas do organismo.
Texto
informativo: Brava Comunicação.
Imagem:
Reprodução/Divulgação.
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