Dor
de cabeça, de dente, resfriado, cólica. Quem nunca tomou ao menos um comprimido
sem indicação médica que atire a primeira pedra. No entanto, esse gesto tão
corriqueiro pode trazer mais malefícios que benefícios. Desde combinação
inadequada – com um medicamento anulando o efeito de outro – até reações
alérgicas e consequências mais graves como dependência e morte.
“Cada paciente tem suas particularidades e um mesmo medicamento pode ser adequado para tratar um caso, mas não outro, a depender do histórico familiar e quadro clínico apresentado. Além disso, ainda há dosagens e períodos específicos para cada pessoa, que devem ser seguidos conforme prescrição médica”, orienta Ana Alice Monteiro, coordenadora da Assistência Farmacêutica do Hospital Esperança Recife.
“Cada paciente tem suas particularidades e um mesmo medicamento pode ser adequado para tratar um caso, mas não outro, a depender do histórico familiar e quadro clínico apresentado. Além disso, ainda há dosagens e períodos específicos para cada pessoa, que devem ser seguidos conforme prescrição médica”, orienta Ana Alice Monteiro, coordenadora da Assistência Farmacêutica do Hospital Esperança Recife.
O
uso incorreto de medicamentos pode ainda agravar uma doença, uma vez que a
utilização inadequada mascara determinados sintomas. É o que acontece, por
exemplo, com o uso abusivo de antibióticos, que pode facilitar o aumento da
resistência de micro-organismos. Atualmente, essa classe de medicamentos tem
venda controlada mediante retenção de via da receita médica. “Bactérias
multirresistentes são agravantes de diversas doenças, como a tuberculose, por
exemplo”, salienta a profissional. Com 17 anos de atuação, ela alerta, ainda,
para outras graves consequências do uso indiscriminado de medicamentos, como
contração dos vasos sanguíneos, retenção de sódio, aumento da pressão arterial
e lesões hepáticas e renais.
De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 50% dos pacientes
tomam medicamentos de forma incorreta. Com isso, também aumentam os casos de
reações alérgicas com sintomas dos mais variados, desde prurido (coceira) e
retenção de liquido até falta de ar e edema da glote. Já o Sistema Nacional de
Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz, alerta
para outro perigo: medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil,
ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados. A causa
lidera o ranking desde 1994.
Texto:
Lidiane Dias – Brava Comunicação.
Imagens: Internet.
Imagens: Internet.
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