Um
dos maiores traumas que tenho desde que minha filha nasceu foi o primeiro dia
de aula dela. Foi uma situação complicada e que marcou a vida de toda minha
família. Por orientação da escolinha que ela foi pela primeira vez acabei
deixando ela sozinha, justamente no primeiro dia de aula, sem ela saber que eu estava indo embora. Pensei que era uma atitude
estranha da escola pedir que fossemos embora da escola deixando uma criança sem
os pais pela, primeira vez, em um local
diferente e que seria pouco provável que uma garotinha de um ano e oito meses
entenderia. Foi o que aconteceu. Menos de uma hora depois ligaram da escola pedindo
para eu voltar. Quando cheguei estava a
minha pequena chorando e em “estado de choque”. Ela estava tão assustada que
não parava de chorar. Foi realmente uma situação traumática para todos nós.
Depois de comentar o ocorrido com amigos e parentes, resolvemos que o
procedimento da escola não foi adequado e mudamos ela para outra escolinha. Na escola
nova foi outra história.
Recebemos orientação e apoio para nossa situação. Foi um período longo de adaptação e fiquei com minha filha por quinze dias na escola. Foi o tempo que ela levou para conseguir ficar mais tranquila na escola. Foi muito complicado, mas depois chegou o dia que sentimos que ela estava pronta para ficar sozinha, sem a família, mas com os novos amiguinhos e toda equipe da escola que foi tão dedicada e paciente com nossa filha e com minha família.
Recebemos orientação e apoio para nossa situação. Foi um período longo de adaptação e fiquei com minha filha por quinze dias na escola. Foi o tempo que ela levou para conseguir ficar mais tranquila na escola. Foi muito complicado, mas depois chegou o dia que sentimos que ela estava pronta para ficar sozinha, sem a família, mas com os novos amiguinhos e toda equipe da escola que foi tão dedicada e paciente com nossa filha e com minha família.
Encontrei
um texto publicado pela Revista Crescer que tem várias orientações para os pais
e familiares. Dicas boas para ajudar nessa fase tão delicada e importante na
vida da criança e dos responsáveis pelos pequenos.
Dicas para passar pela adaptação sem traumas na escola
Se
o seu filho vai passar por adaptação escolar, seja pela primeira vez ou em uma
nova instituição, quanto antes trabalhar isso, melhor – para ele e para você.
Afinal, não dá para negar que é um momento delicado para toda a família. A
criança, de repente, se vê no meio de pessoas estranhas e novas regras com as
quais precisa conviver e os pais mal conseguem conter o pavor de imaginar seu
“tesouro” sendo entregue aos cuidados dos educadores. A fase da preparação você
já passou: pesquisou bastante, visitou diversas instituições e está seguro de
sua escolha. No entanto, agora chegou a hora pra valer! Veja a seguir doze
dicas para você e seu filho lidarem com a adaptação da melhor maneira possível.
A PRIMEIRA VEZ
1 - Um pedacinho de
casa
Primeiro
dia no berçário. Não dá para dizer que, porque seu filho não fala, a adaptação
será mais fácil. Até completar 9 meses, o bebê guarda as informações na mente
por meio de registros emocionais – e uma experiência que não seja tranquila
pode fazer com que ele tema a escola por muito tempo. Para evitar problemas,
você precisa estar disponível para passar essa fase ao lado dele.
Levar
itens que tenham o cheiro do quarto dele, por exemplo, também vai confortá-lo:
pode ser a naninha ou o brinquedo do berço. Só não se esqueça de manter atenção
especial ao comportamento do seu filho. Como ele não fala, você precisa
perceber se está se alimentando e dormindo bem, brincando normalmente ou se
está com doenças respiratórias. Esses são indicadores de que algo não vai bem.
Caso isso aconteça, visite a escola para ver se estão mantendo a rotina e
converse com a coordenação.
2- Envolva seu filho
Para
a criança que precisará encarar a rotina de aulas pela primeira vez, uma boa
maneira de introduzir o assunto é dizer que ela está crescendo e que, por isso,
precisa de um espaço para brincar com outras crianças e aprender coisas novas.
Levá-la para comprar os materiais escolares ajuda a prepará-la de uma forma
estimulante. Para não ficar caro, dê oportunidades de escolha, como “este ou
aquele lápis?” ou “qual mochila entre essas três é a melhor?”.
É
preciso, porém, sensibilidade para perceber se essa participação está se
transformando em ansiedade. Evite tocar muito no assunto e perguntar se ele já
está preparado muito antes da hora. Se possível, leve-o para conhecer o colégio
quando estiver mais perto do primeiro dia de aula.
3 - Se prometer, cumpra
A
semana de adaptação das crianças que nunca foram à escola é muito parecida na
maioria delas. Os pais levam seus filhos por pequenos períodos de tempo, que
ficam maiores conforme eles vão se acostumando com a ideia de estarem longe da
família. Durante esse processo, é fundamental que a criança se sinta segura e
perceba que está no meio de pessoas dignas de sua confiança. Mentir ou sair de
fininho pode dificultar as coisas. Se você disser que estará esperando no
pátio, faça exatamente isso. Os pais que não podem se ausentar do trabalho
devem explicar ao chefe que estão passando por um momento delicado e pode ser
que precisem sair às pressas em uma emergência.
4- Mantenha o
equilíbrio entre aconchego e firmeza
Prepare-se,
porque as primeiras semanas de adaptação deixarão a criança mais sensível. A
mudança traz insegurança, medo, frustração, irritação, muitas vezes traduzidos
pelo choro. Embora seja difícil ver tudo isso acontecer, pense que aprender a
lidar com essas emoções é uma etapa importante do desenvolvimento. Blindar seu
filho disso só o deixará frágil. Quando o choro aparecer, o melhor é reforçar
que a escola é importante, que você sabe que ele está sofrendo, mas acredita
que ele vai conseguir superar. É difícil para a criança e para você, mas é
necessário firmeza. Sem esquecer que ela precisará muito do seu colo e da sua
paciência. Afinal, momentos de separação nunca são fáceis.
5 - Rotina adaptada
Ao
começar a vida escolar, o dia a dia da criança muda completamente. Por isso,
alguns ajustes podem ser necessários para que ela se adapte de forma mais
tranquila.
MUDANÇA DE ESCOLA
6 - Mundo novo
Se
o seu filho entrou com poucos meses no berçário, a mudança de colégio é como se
fosse a primeira vez. Nesse caso, siga também todas as dicas dadas
anteriormente. Para aquelas crianças que já estão adaptadas ao ambiente escolar,
mas vão enfrentar uma “mudança de ares”, o processo costuma ser mais simples,
mas isso não quer dizer que elas não precisem de atenção. A separação dos
amigos, dos professores e até da sala de aula antiga costuma ser dolorosa e a
integração a um novo grupo, muitas vezes já formado, é um desafio. Nesse caso,
mais do que disponibilidade física, seu filho precisará de ajuda emocional.
Deixe
claro para ele que o contato com os amigos antigos pode ser mantido. E
ressalte, de forma positiva, que ele está tendo a oportunidade de ampliar sua
rede de amizades e aprender coisas novas. Não se esqueça de perguntar como foi
o dia na escola nova e o que você pode fazer para ajudá-lo a se integrar
melhor.
7 - Este é meu filho!
A
adaptação com os professores também é fundamental, principalmente para que eles
conheçam detalhes de saúde e comportamento do seu filho que só você pode
contar, como o que ele tem mais resistência para comer, quais são seus medos e
dificuldades.
Também
é interessante pensar em formas de seu filho se apresentar aos colegas para
facilitar o entrosamento.
8 - Como vai ser?
Você
pode contar para a criança o que ela vai encontrar lá na frente. Explique o que
aprenderá durante o ano e, se possível, antecipe a turma com que seu filho vai
conviver, apresentando alguns alunos antes mesmo de as aulas começarem –
converse com a escola e proponha que ela ajude.
A SUA PREPARAÇÃO
9 - Não deixe a
tristeza pegar você de surpresa
Talvez
você sinta a dor da separação mais do que seu filho e isso vai causar tristeza.
Por isso, esteja preparado para lidar com esse sentimento ou, pelo menos,
aceitá-lo.
Por
mais que você se prepare, talvez não esteja pronto quando chegar o momento. Mas
vale tentar: antes do começo das aulas, deixe seu filho brincar com outras
pessoas ou, se possível, leve-o para a casa da avó ou da tia e vá fazer algo de
que goste. Assim, vocês dois vão treinando ficar longe um do outro.
10 - Segurança na
chegada
Despedir-se
do filho na entrada da escola é um dos momentos mais difíceis na vida de uma
mãe ou um pai. Se o filho vai para o berçário com poucos meses, a aflição é por
deixar alguém tão pequeno e indefeso nos braços de um “estranho”. Se a criança
já é um pouco maior, pode ser difícil por estar mais acostumada a ficar em casa
ou porque parte o coração dos pais ouvir: “Não quero ir pra escola, quero ficar
com você”. Sabemos que é uma missão difícil, mas, nessa hora, estufe o peito,
não deixe que ela perceba a sua angústia e estimule que se sinta confiante e
independente.
Caso
o seu filho ainda não ande, passe-o para o colo da professora com um beijo, mas
sem muita enrolação, pois o bebê também sente a sua insegurança. Se ele já for
maior, incentive-o a entrar na escola caminhando e levando a própria mochila.
Agora, se é você que não consegue se controlar na hora do adeus, considere
pedir para que outra pessoa leve seu filho para a escola durante alguns dias.
Com o tempo, você estará mais tranquilo e poderá assumir a função outra vez.
11 - Procure distrações
Será
que ele está bem? Está comendo direito? A professora vai ajudá-lo quando ele
precisar? Passar o dia pensando nessas questões só vai deixá-lo com rugas de
preocupação. Por isso, procure manter a cabeça ocupada no período em que ficará
sozinho. Que tal aproveitar para marcar um almoço com aquele amigo que você não
vê faz tempo? Se estiver difícil de lidar com a angústia, procure conversar com
outros pais que já passaram por isso. Eles podem transmitir conforto.
12 - Faça parte da
turma
Não
é somente o seu filho que precisará passar por adaptação. Você também terá uma
fase de integração com os novos pais e professores – e é importante estabelecer
esse vínculo logo no início. Participe das atividades propostas pelo colégio,
procure ir aos eventos sociais, como aniversários dos colegas, organize com
outros pais piqueniques ou passeios, como uma ida ao teatro. Lidar com as
diferenças e ressaltar a importância do convívio social são boas maneiras de
dar o exemplo. E estabelecer esse contato é uma forma de incentivá-lo ainda
mais a se abrir para novas amizades.
Confira
o texto original publicado pela Revista Crescer acessando AQUI.
Assista o vídeo do programa Papo de Mãe que abordou o tema: Primeira vez na escola
Fontes para nossa postagem: Texto publicado originalmente na Revista Crescer. Fontes da Revista: Ana
Lúcia Figueira da Silva, coordenadora infantil da Escola Viva (SP); Christine
Bruder, psicóloga e psicanalista do berçário Primetime Child Development (SP);
Juliana Achcar, professora e pedagoga do Escola Waldorf Casa Amarela Jardim
(SC); Maria Teresa Andion, psicopedagoga da Associação Brasileira de
Psicopedagogia (ABPp); Rosa Maria Cavalcanti, coordenadora e orientadora
educacional do Colégio Brasil Canadá (SC); Sanderli Aparecida Bicudo, pedagoga
e especialista em relações interpessoais na escola e construção da autonomia,
do Gepem (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral); Terezinha Castilho
Fulaneto, coordenadora e orientadora educacional do Colégio Santo Ivo (SP).
Imagens: Reprodução internet.
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