A
catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo, sendo a
responsável, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por 51% dos casos de
perda de visão. Ela é causada por uma lesão que torna opaco o cristalino, lente
natural do olho, o que leva ao comprometimento da visão. “A
catarata existe em qualquer faixa etária, e pode se desenvolver por várias
razões”, explica a oftalmologista Nara Galvão, do Hospital da Visão de
Pernambuco (HVISÃO). De acordo com a profissional, as causas para o surgimento
da catarata vão desde doenças como rubéola na gestante, que faz com que o bebê
já nasça com a catarata; traumas e acidentes oculares; e o uso continuado de
drogas, principalmente, corticoides. O tipo mais comum da doença, porém, está
relacionado à idade. “Trata-se, portanto, não de uma doença, mas do
envelhecimento de uma estrutura do próprio olho, conhecida como cristalino”,
explica.
As
queixas mais comuns dos pacientes são de visão borrada e troca mais frequente
dos óculos de grau sem a consequente melhora na acuidade visual. Nara cita
outras: “Sensação de nuvem; mudança na percepção das cores; percepção de
distorções de imagem; e halos ao redor das luzes; chegando, nos casos mais
extremos, à cegueira”.
A
cirurgia é o único método eficaz para tratar a perda de visão causada pela
catarata. Uma das vantagens do procedimento é que o paciente não precisa
esperar a catarata evoluir, podendo realizá-lo já no aparecimento dos primeiros
sintomas. “O campo da cirurgia de catarata é o que vem mais evoluindo
tecnologicamente e em curto espaço de tempo dentro da oftalmologia”, explica a
oftalmologista Nara Galvão. “Hoje operamos um olho com anestesia tópica – com uso
de colírios e géis anestésicos – com uma incisão de pouco mais de 2 mm e sem a
necessidade de sutura. A catarata é fragmentada dentro do próprio olho e
removida por essa mínima abertura”, completa.
Retirada
a catarata, o espaço antes ocupado por ela é preenchido por uma lente
intraocular, que não apresenta rejeição pelo organismo e tem ainda a vantagem
de poder corrigir o grau que o paciente apresentava antes do procedimento –
miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia (a visão de perto ruim após os
40 anos de idade, o famoso “braço curto”). “A grande sensação do momento é a
cirurgia de catarata a laser, que nem todos os serviços de oftalmologia dispõem
ainda. Na prática, a cirurgia se torna mais segura e mais previsível que antes.
O laser veio para tornar o procedimento, que dura em média de 10 a 15 minutos,
ainda mais seguro”, avalia a profissional.
Para
quem deseja ficar em dia com a saúde, a oftalmologista Nara Galvão dá a dica:
“Ir ao oftalmologista pelo menos uma vez ao ano é indispensável. Algumas vezes,
dependendo do caso ou de herança familiar de patologias do indivíduo, chegamos
a fazer avaliações trimestrais”.
Fonte:
Texto informativo/Brava Comunicação.
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