Informações importantes
do coordenador da Emergência Pediátrica do Hospital Esperança Recife,
Fernando Oliveira, que podem evitar acidentes domésticos com crianças,
sobretudo nesta época de férias, quando elas passam mais tempo em casa. Para
as crianças, férias significam lazer. Para os pais, atenção em dobro. De acordo
com o Ministério da Saúde, 122 mil crianças são hospitalizadas anualmente e 4,7
mil morrem em decorrência de acidentes ou lesões não intencionais, sendo a
principal causa de morte de crianças de um a 14 anos no Brasil.
Entre
os principais acidentes estão quedas, envenenamentos, sufocamentos e
afogamentos. No que diz respeito às quedas, as crianças pequenas estão mais
expostas ao perigo, principalmente as de até quatro anos. “Isso ocorre pelo
fato de explorarem o ambiente onde estão por meio dos sentidos (olfato,
paladar, tato, visão e audição) e por não terem a noção do perigo ao qual estão
expostas”, avalia o coordenador da Emergência Pediátrica do Hospital Esperança
Recife, Fernando Oliveira. Quanto ao envenenamento, as crianças sofrem
consequências mais graves que os adultos devido à estrutura corporal menor e ao
metabolismo mais rápido.
Em
casa, os locais de maiores riscos são cozinha, banheiro e escada. No
entanto, estudos apontam que cerca de 90% das lesões podem ser evitadas com
atitudes de prevenção.
De acordo com o médico, é importante adotar algumas medidas:
De acordo com o médico, é importante adotar algumas medidas:
Manter
produtos de higiene e limpeza, além de medicamentos, fora da vista e do alcance
dos pequenos; não se referir a medicamentos como doces, pois pode levar a
criança a pensar que são agradáveis de comer; ficar atento ao recall de
brinquedos e escolher os que possuem peças maiores, para evitar aspiração;
instalar corrimão nas escadas; instalar barras de segurança no banheiro e
utilizar tapetes emborrachados.
Também
é indicado evitar brincadeiras de risco na cama; colocar telas nas janelas e
sacadas; não deixar objetos na escada; colocar protetores nas tomadas; nunca
deixar o bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis; e tomar cuidado com os
andadores para bebês, pois eles são responsáveis por mais acidentes que
qualquer outro produto infantil destinado a crianças entre cinco e 15 meses.
Em
caso de acidente, a primeira providência é procurar atendimento médico. Se a
ocorrência for envenenamento, deve-se levar o produto para análise da equipe de
saúde. “Quanto menor a idade da criança, maior deve ser a vigilância dos pais.
À medida que eles forem crescendo, explique os riscos de determinadas atitudes
– como, por exemplo, que energia elétrica e fogo não são itens seguros para
brincadeiras”, diz Fernando Oliveira.
Confira
os acidentes mais frequentes de acordo com as idades (dados da Sociedade
Brasileira de Pediatria):
•
0 a 1 ano: quedas (trocador, cama, colo), asfixia, sufocação, aspiração de
corpos estranhos, intoxicações, queimaduras (água quente, cigarro).
•
2 a 4 anos: quedas, asfixia, sufocação, afogamentos, intoxicações, choques
elétricos, traumas.
•
5 a 9 anos: quedas, atropelamentos, queimaduras, afogamentos, choques
elétricos, intoxicações, traumas.
•
10 a 19 anos: quedas, atropelamentos, afogamentos, choques elétricos,
intoxicações, traumas.
Texto: Lidiane Dias – Brava
Comunicação.
Imagem: Arquivo pessoal Casinha
da Cys.
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