O
dia 22 de outubro é dedicado a apresentar à sociedade o que provoca a
dificuldade na fala, como também ressaltar que a gagueira tem que ser entendida
e respeitada. Várias ações acontecem em todo Brasil para chamar atenção
para quem apresenta está dificuldade manifestada, em muitos casos, desde cedo. O tema da campanha deste ano é
“Gagueira não tem graça, tem tratamento”. Encontramos
textos que tratam do assunto para ajudar você que tem alguém na família com gagueira, também é possível consultar uma cartilha sobre o assunto acessando aqui. A dica para quem é de Recife é participar no Dia Internacional de Atenção à Gagueira (DIAG), quarta-feira 22 de outubro, professores e fonoaudiólogos do curso de Fonoaudiologia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) prestam orientações sobre o tema no laboratório de Linguagem, no 7º andar do Bloco G4, sala C2, das 8h às 12h e das 13h às 17 h, ou na Clínica de Fonoaudiologia, no 6º andar do Bloco B, no período da tarde. O atendimento será para crianças, adolescentes e adultos.
Gagueira infantil
Como identificar o
problema
A
fala se desenvolve durante os três primeiros anos da vida. Entre 2 e 5 anos, é
comum a criança apresentar algumas dificuldades na emissão de palavras com sons
mais difíceis, podendo chegar às vezes a hesitar na hora de falar ou repetir
algumas sílabas ou palavras.
Existem
3 tipos de disfluências que podem ocorrer nas crianças: normal, leve ou grave.
Disfluência normal -
ocorre de vez em quando. A criança pode repetir uma ou duas vezes sílabas ou
palavras ou ainda hesitar antes de falar como se estivesse procurando a palavra
certa dentro da cebecinha. Todas as pessoas podem apresentar este tipo de
disfluência durante a vida, sem que seja perceptível aos falantes ou ouvintes.
Disfluência leve -
surge quase sempre com a repetição pela criança de sons ou palavras por mais de
duas vezes ou por duração exagerada de um som. Pode apresentar tensões leves no
pescoço, no rosto ou em volta da boca, ou mudanças na intensidade da voz.
Algumas vezes, como se estivesse faltando o ar para que a criança consiga
falar. Geralmente tem duração de, no máximo, 6 meses, desaparecendo após este
período de tempo.
Disfluência grave -
ocorre em quase todas as situações de comunicação. A criança gagueja em mais de
10% da fala. O bloqueio ou demora a conseguir falar ou soltar um som que parece
estar preso, são mais comuns do que as repetições de sílabas ou prolongamento
de sons. A criança apresenta esforço e tensão para falar, podendo associar à
fala movimentos faciais e/ou corporais.
Como ajudar?
Prestar
mais atenção ao conteúdo do que à forma com que a criança está falando
Ajuda-la
a falar mais calmamente
Parar
alguns segundos antes de responder
Diariamente,
reservar um tempo para dar mais atenção à criança
Fornecer
à criança um modelo apropriado de fala
Ler
ou contar histórias
Verbalizar
os sentimentos
Promover
um ambiente familiar de conversação não competitivo
Mostrar
à criança que as dificuldades são naturais à fala de qualquer pessoa
Manter
contato visual enquanto a criança está falando, demonstrando interesse e prazer
em escutá-la
Encorajar
a fala
O que prejudica a
fluência?
Dizer
à criança para ela relaxar, acalmar-se ou pensar antes de falar
Chamar
a criança de gaga
Criticar
ou corrigir a fala da criança
Completar
o que a criança está falando ou interrompê-la enquanto o faz
Apressar
a criança enquanto ela estiver tentando falar
Preocupar-se
exageradamente com a gagueira
Falar
muito rápido ou de forma difícil
Chamar
a atenção ou gritar quando a criança gaguejar
Tornar
desagradáveis as atividades do dia a dia
Fazer
a criança se sentir envergonhada ou diminuída
Forçar
a criança a falar em público
Fazer
comparações desnecessárias, como comparar com os amigos
Pressionar
a criança com muitas atividades
Superproteger
a criança
Exigir
demais
Cuidado!
Não dar atenção à criança somente quando ela gagueja. Ela não faz isso de
propósito e nem quer gaguejar.
Fonte do texto:
Pediatria em Foco
Outro
texto que encontramos sobre gagueira.
Sete conselhos para ajudar crianças que gaguejam
- Fale com a criança sem pressa e com pausas frequentes. Quando seu filho terminar de falar, espere alguns segundos antes de você começar a falar. A fala lenta e relaxada é muito mais eficaz do que criticar ou dizer: fale devagar, repita mais devagar.
- Reduza o número de perguntas ao seu filho. As crianças falam mais livremente ao expressar suas próprias ideias ao invés de responder às perguntas dos adultos. Ao invés de fazer perguntas, faça comentários sobre o que seu filho disse, mostrando que você está prestando atenção.
- Utilize expressões faciais e linguagem corporal para demonstrar ao seu filho que você está mais atento ao conteúdo da mensagem do que à sua forma de falar.
- Reserve alguns minutos, todos os dias, para dar atenção ao seu filho. Deixe que ele escolha o que gostaria de fazer. Permita que ele dirija as atividades, decidindo se quer falar ou não. Quando você falar, utilize uma fala lenta, tranqüila, relaxada e com pausas frequentes. Este momento calmo pode aumentar a auto-confiança da criança pequena, porque ela vai saber que o pai ou a mãe aprecia a sua companhia. Conforme a criança se torna mais velha, pode ser um momento em que se sente confortável para falar de seus sentimentos e experiências com o pai ou a mãe.
- Auxilie todos os membros da família a aprender a escutar e esperar sua vez de falar. Para as crianças, principalmente para as que gaguejam, é mais fácil falar quando há poucas interrupções e quando contam com a atenção do ouvinte.
- Observe como você se relaciona com seu filho. Sempre que puder, mostre que você está prestando atenção ao que ele está falando e que ele pode utilizar o tempo que precisar para falar. Procure evitar a crítica, o falar rápido, as interrupções e as perguntas frequentes.
Acima
de tudo, faça seu filho saber que você o aceita como ele é. O mais importante
para o seu filho será o seu apoio, quer ele gagueje ou não.
Autores:
Barry Guitar & Edward G. Conture
Tradução: Ignês Maia Ribeiro. Revisão: Sandra Merlo.
Encontramos o texto aqui.
Tradução: Ignês Maia Ribeiro. Revisão: Sandra Merlo.
Encontramos o texto aqui.
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