Uma das grandes preocupações dos
pais e responsáveis por crianças é sobrepeso. Hoje é super comum encontrar
crianças, de todas as idades, com o peso que não corresponde a sua altura e
idade.
Crianças que estão com problemas sérios de saúde provenientes da
alimentação sem qualidade e uma das consequências é a obesidade infantil.
Encontramos um texto na
Revista Crescer que tem boas orientações para quem convive com essa situação,
por isso resolvemos partilhar com você que visita nossa Casinha da Cys.
Considerada
uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade atinge 42
milhões de crianças com menos de 5 anos pelo mundo. No Brasil, segundo dados do
Ministério da Saúde, a incidência de meninos de 5 a 9 anos acima do peso chega
a 15%.
Dois
fatores contribuem com o sobrepeso infantil: a genética e, principalmente, os
maus hábitos alimentares, que muitas vezes refletem os da família. Um dos
principais vilões nessa guerra é o açúcar, introduzido precocemente na
alimentação da criança. Um estudo do Jornal de Pediatria, do Brasil, revelou
que, a partir dos 6 meses, 79,3% das crianças já comiam bolachas e 20,7%
consumiam sucos artificiais. É motivo de sobra para se preocupar, já que a
obesidade infantil acarreta problemas que impactam na adolescência e na vida
adulta, como diabetes e hipertensão. Para manter o distúrbio bem longe do seu
filho, conheça outros 7 erros comuns na dieta das crianças e evite-os:
1
- Abrir mão de amamentar
Até
os seis meses de vida, os pediatras recomendam o aleitamento materno exclusivo,
por livre demanda. Não se engane com crenças equivocadas de que seu leite é
fraco ou de que o de vaca é mais nutritivo, fazendo a substituição. Dentre
inúmeros benefícios, estudos provam que os bebês alimentados apenas com leite
materno têm menos chances de se tornarem obesos na adolescência e na vida
adulta. "Nós nascemos com a saciedade regulada, então, é muito difícil um
bebê mamar mais do que precisa, a ponto de ganhar peso excessivo", conta
Renata Maria de Noronha, endocrinologista infantil do Hospital São Luiz (SP).
2
- Negligenciar as recomendações do pediatra
Se
você não amamenta, mas usa fórmula, é preciso tomar alguns cuidados: siga
exatamente as instruções de seu pediatra e nem pense em engrossar a bebida com
amido de milho, por exemplo, que contém muito carboidrato e favorece o ganho de
peso.
3
- Culpar a genética
Ela
é responsável por 50% da propensão à obesidade. Se um dos pais é obeso, a
chance da criança ser também é de 40%. Se ambos forem, esse número pode chegar
a 80%. Mas é preciso levar em consideração que os outros 50% envolvem fatores
ambientais, como o mau hábito alimentar, e que este, sim, é passível de
mudanças.
4
- Não estabelecer uma rotina
Depois
dos primeiros 6 meses, começa a introdução de alimentos na dieta das crianças.
As papinhas salgadas são as mais difíceis de ser aceitas, por causarem
estranheza inicialmente. Nesse momento, é preciso criar uma rotina com os
horários de alimentação. A partir do 7º mês, a dieta passa a ter pedaços de
comida e é muito importante respeitar o tempo de mastigação da criança. Como
sobremesa, invista nas frutas, estimulando seu filho a comer bem desde cedo.
Além disso, a família é o espelho da criança, portanto, procure ter uma
alimentação saudável na frente de seu filho e o incentive a experimentar novos
alimentos. Vale ressaltar que é preciso tomar muito cuidado com a adição de sal
na comida das crianças, já que o sódio pode causar hipertensão arterial na vida
adulta.
5
- Viciar o paladar
Nos
primeiros dois anos, as crianças começam a desenvolver o paladar. Os alimentos
naturais devem ter prioridade. Evite sucos industrializados, que contêm uma
quantidade muito grande de açúcar, e dê preferência a frutas naturais. Além
disso, essas bebidas podem boicotar a formação do paladar: a criança conhece um
gosto diferente do real, e pode acabar não comendo a fruta in natura,
futuramente. O mesmo ocorre com os doces: "Muitas vezes, a criança ainda
não aprendeu a comer todos os tipos de alimentos saudáveis e a mãe já oferece
um iogurte petit suisse de sobremesa, incluindo o açúcar, desde muito cedo, na
dieta da criança", explica Renata. Inclua os mais diversos tipos de
frutas, legumes e vegetais no cardápio dos pequenos.
6
- Barganhar na hora da refeição
Os
pais devem respeitar a fome das crianças, por isso, nada de forçá-las a comer
alimentos saudáveis para conseguir um doce ou chocolate. Assim ela vai entender
que um alimento nada saudável é uma recompensa por comer bem. A mania de
beliscar também deve ser evitada. "Muitas vezes, os pais acham que a
criança não comeu nada e oferecem pedaços de bolacha e outras guloseimas, nos
intervalos das refeições", reprova Renata.
7
- Permitir a TV em excesso
Depois
de comer, a criança só tem um jeito de queimar toda a energia: se exercitando.
Pode ser com brincadeiras ou com esporte, respeitando a vontade dela. "As
crianças não devem ficar mais de 2 horas na frente de uma tela. Elas precisam
se movimentar", conclui Renata. Além de gastar mais energia, as
brincadeiras são fundamentais para o aprendizado cognitivo.
8
- Comer por dois quando grávida
Um
estudo revelou que a alimentação da mulher durante a gravidez é muito
importante para a saúde do bebê. A dieta deve ser bem variada, rica em
vitaminas e minerais, mas nada daquela história de comer por dois. O feto,
quando dentro da barriga da mulher, precisa de determinada quantidade de
nutrientes para se desenvolver. O que passar da conta leva ao peso excedente da
grávida e pode acarretar ao diabetes gestacional, elevando as chances de o bebê
nascer muito grande, o que pode causar um padrão metabólico de acúmulo.
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Fonte:
Revista Crescer
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