Criança que mente

01 abril 2015 | Postado por casinhadacys


Mentira da criança
Uma das atitudes mais comuns nas crianças é  não falar a verdade quando a gente faz algum questionamento que poderia tornar a resposta que ela emitir em alguma ação repressora ou de censura por parte dos pais ou das pessoas que são responsáveis por elas. É importante salientar que no contexto do universo infantil a mentira, em muitos momentos, é fantasia ou imaginação. Assim, a criança não mentiu. O que aconteceu foi uma elaboração de uma história imaginada por ela. A fantasia inofensiva faz parte do desenvolvimento da criança. Crianças até  3 ou 4 anos acreditam muito em fantasia e não têm discernimento para saber o que é realidade ou imaginação.  
O fantasioso nega a verdade para si mesmo. 
O mentiroso apenas para os outros.
Friedrich Nietzsche

Nas crianças maiores quando  as mentiras são presenciadas, pelos pais ou responsáveis, espaçadamente, ou seja, quando não é uma ação deliberada constantemente pela criança em qualquer situação que ela se encontre, para muitos especialistas não é um sinal de problema ou de que algo não vem caminhando como deveria.
Evidentemente, não é uma atitude correta e precisa ser corrigida pelos pais.  É importante  fomentar a honestidade de  maneira adequada a idade da criança. Ela precisa entender que mentir não é algo que devemos fazer,  até mesmo para os coleguinhas.
Agora quando a mentira se torna algo frequente na vida das crianças é um alerta para os responsáveis de que tem algo acontecendo na vida da criança.    Piaget (Jean William Fritz Piaget era filósofo,  psicólogo  e epistemoólogo suíço), acreditava que  a mentira assume diversas formas  durante o  desenvolvimento da criança e faz parte das etapas dele. De acordo com Winnicott (Donald Woods Winnicott, era pediatra e psicanalista Britânico), a criança nasce indefesa. É um ser desintegrado que percebe de maneira desorganizada os diferentes estímulos provenientes do exterior. Winnicott acreditava  que a infância traz  característica de ações anti sociais, para ele esses atos não são conscientes.
Quando uma criança mente ela tenta fornecer ao adulto uma explicação que  ela não encontra em si mesma, enquanto for obrigada a falar do que não sabe e temer as consequências de não saber explicar o que fez. Segundo Freud (Sigmund Schlomo Freud, criador da psicanálise), a  mentira precisa ser entendida como uma defesa da criança pequena a ação do adulto a ela. Para Freud crianças pequenas mentem para imitar os adultos.
A mentira  é considerada patológica se acontecer de forma crônica e compulsiva, como também quando for  associada a outros tipos de sintomas como a ansiedade, medo e  falta de apetite e precisa ser levada a sério pela família e buscar ajuda de um   psicólogo.  
Entre os   7 a 11 anos uma  criança já apresenta  condições de  compreender que mentir é ludibriar intencionalmente a verdade, consequentemente  não falar a verdade  passa a ser uma falta moral.
Os  pais devem estabelecer limites aos filhos  de acordo com a idade e capacidade do seu filho de assimilar as regras estabelecidas. É fundamental  não fazer acusações e procurar fazer comentários que incentivem a confissão da criança em dizer o que de fato aconteceu.
Mostrar a ela como é importante aprender a falar a verdade e quando ela falar a verdade elogiar  a atitude da criança, mostrando que ela foi corajosa e fez o certo em  não mentir.
É importante  procurar estabelecer uma relação de confiança mútua entre pais e filhos ou criança e responsável. Agora uma coisa é certa, o  exemplo dos pais é importantíssimo para  percepção da criança e  construção de uma pessoa que fale a verdade, apesar das consequências que isso possa trazer para elas. Os pais precisam falar a verdade para poder  esperar o mesmo dos filhos. 

Numa época de mentiras universais, 
dizer a verdade é um ato revolucionário.
George Orwell
  
O Mentiroso” (Liar, Liar) 
O Mentiroso ("Liar, Liar", 1997)
O filme conta a história de Fletcher Reede (Jim Carrey), um advogado, fica em uma situação delicada quando seu filho Max Reede (Justin Cooper)  ao soprar as velas do bolo de aniversário faz um pedido: deseja que  seu pai não minta por um dia.







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